quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nem Felipe salvou o Vasco do dia do segundo "Porcorinthians"


"PorCorinthians", com a junção do apelido Porco e o nome Corinthians foi a manchete da revista Placar de 17 de julho de 1988. Naquele dia, o Corinthians precisava vencer o Santos no Pacaembu e torcer por um empate entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi, para ir à decisão do Paulista contra o Guarani. No primeiro tempo, fez 2 x 0 no Santos, gols de Éverton e Celso, contra. E o Palmeiras, já eliminado, arrancava o empate desejado por corintianos no Pacaembu.

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Placar, 17/7/88:
no centro, Porcorinthians



O gol da vitória do Palmeiras, marcado por Gérson Caçapa aos 44 minutos do segundo tempo, fez o Pacaembu explodir com a Fiel gritando "Pooooooooooooorco!"

Não foi para tanto, a noite de quarta-feira de ajuda mútua -- não esqueçamos que a vitória do Corinthians ajudou o Palmeiras, e muito! Não houve palmeirenses gritando "Timão, êô!", nem corintianos dizendo "Valeu, porcada!" O Corinthians ganhou duas partidas seguidas pela primeira vez desde a décima rodada, o Palmeiras igualou sua maior série sem vitórias da história do Brasileirão -- dez partidas, como em 1985.

E houve corintiano comemorando o gol de Luan, no Pacaembu.

Gol que nasceu da partida ruim do Vasco. Felipe teve atuação impecável, armou, finalizou, cobrou o escanteio para Dedé marcar 1 x 0 aos 4 minutos de jogo. Mas o Vasco esbarrou na falta de brilho de Éder Luís, pela direita, no desaparecimento de Diego Souza, de centroavante. Esbarrou também na raça do time palmeirense, que tentava ganhar o jogo para se livrar da ameaça de rebaixamento, que fez a Mancha Alviverde incentivar o time em busca da vitória, mesmo com chance de ajudar o rival.

O Palmeiras erra demais, passes demais, chutes demais. É ainda um time desesperado. Mas, agora, um time com alma, ânimo, determinação.

Sobre o Corinthians, que não jogou grande partida, melhorou com Morais no lugar de Liédson, cresceu com Ramírez no lugar de Danilo, o incrível é passar o dia perguntando se Adriano poderia resolver entrando no segundo tempo. Adriano ficou o jogo todo no banco de reservas e o heroi foi o vilão da Libertadores. Cachito Ramírez termina o ano devolvendo à Fiel a alegria que lhe tirou em janeiro.