terça-feira, 2 de agosto de 2011

Previsão de cruzeirense se fortalece com domínio do eixo Rio-SP no Brasileirão

Depois de 13 rodadas disputadas no Campeonato Brasileiro, sete dos oito primeiros colocados na tabela de classificação pertencem ao eixo Rio-São Paulo. Sétimo colocado, o Internacional é a única exceção. Esse domínio poderia ser ainda maior se o Santos, campeão da Libertadores, estivesse jogando para valer a competição desde o início. A situação remete a uma conversa que tive com o então presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, em 2008, quando estava colhendo material para a série de reportagens chamada “O Buraco Negro do Futebol Brasileiro”, que retratou a situação financeira dos principais clubes do país.

Naquela oportunidade, Alvimar me disse que, a partir do momento em que o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos, dificilmente clubes de fora do eixo Rio-São Paulo conquistaria o título nacional. Segundo ele, o próprio Cruzeiro, campeão de 2003, já podia ser considerado uma exceção à regra.

Alvimar justificou sua previsão com o poderio financeiro dos clubes dos dois principais estados do Brasil. Segundo ele, o potencial de arrecadar dinheiro, seja com patrocinadores ou com a televisão, dos times do Rio e de São Paulo é muito maior do que os demais. Isso ficou claro na recente negociação com a Globo pelos direitos de televisão. Com dinheiro é possível formar elencos mais fortes, ponto fundamental para se dar bem em um campeonato tão longo como é o Brasileirão.

Nunca antes o domínio de cariocas e paulistas foi tão grande quanto em 2011, mas desde o Cruzeiro de 2003 nenhum clube de fora do eixo levantou o nacional. O Santos levou a taça em 2004, o Corinthians em 2005, o São Paulo em 2006, 2007 e 2008, o Flamengo em 2009 e o Fluminense em 2010. Alvimar acertou em cheio.