terça-feira, 2 de agosto de 2011

Líbero da seleção desabafa: ‘Nos deram calote e não recebemos o prometido’

O cenário é triste, mas não chega a ser nenhuma novidade no vôlei brasileiro.
Equipes abrem e fecham as portas sem nenhuma responsabilidade e deixam dívidas para trás.
O caso mais recente aconteceu em Londrina.
O time que representou a cidade na última superliga, terminou a competição em nono lugar, colocação honrosa e conseguiu resultados surpreendentes, tendo derrotado o campeão Sesi na fase de classificação.
Mas isso tudo é passado.
Londrina não seguirá com o projeto, e pior, os dirigentes estão sendo acusados pelos jogadores de não terem pago os salários. A dívida vem desde novembro do ano passado.
O líbero Allan, jogador da seleção brasileira e contratado pelo Rio de Janeiro, está revoltado:
‘Nos deram calote. Isso é triste. Trabalhamos com dedicação, cumprimos nossos horários de treinamentos e viagens, nos dedicamos e recebemos isso em troca. Tentei várias vezes falar com os responsáveis, mas eles simplesmente não respondem e não nos recebem’.
Sem alternativa, Allan vai procurar a justiça:
‘Ainda me devem 50% do contrato e tive que apelar para a justiça. Não posso deixar de receber o que é justo’.
O blog tentou contato com o presidente do Instituto Pró Esporte, Luiz Maccagnan, mas não teve sucesso. Maccagnan é o responsável pelo projeto.
Os atrasos nos salários começaram em novembro. Já nessa época os jogadores receberam apenas 50%. Em dezembro a história se repetiu e o norte-americano Toor deixou o clube e foi para o exterior.
Outros jogadores do Londrina receberam propostas, mas ficaram na cidade com a promessa de que os salários seriam quitados e a dívida zerada. Nada aconteceu e Londrina deve ter sérios problemas judiciais. Alan foi o primeiro e Renato Hermely deve seguir o mesmo caminho.