quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vai, Neymar!

A decisão seria mais fácil há algum tempo. No tempo de Kaká e Robinho, por exemplo. Naquela época, o craque brasileiro que quisesse enriquecer, tornar-se famoso e conquistar o mundo teria de jogar necessariamente num grande europeu. Simples assim.

Hoje, é mais complicado optar. Neymar já está ficando milionário (ganha salários nos patamares europeus), já é razoavelmente famoso (a exposição, hoje, é muito maior) e, em tese, pode conquistar o mundo ficando aqui, no Santos, ainda mais se levarmos em conta o fato de a próxima Copa do Mundo ser disputada no Brasil.

Para Neymar, continuar no Santos seria uma ótima. A decisão de se transferir está nas mãos dele, já que Real Madrid, Barcelona, entre outros, já sinalizaram com o aval do pagamento da multa rescisória de 45 milhões de euros.  Seu clube pouco pode fazer...

Você, fosse Neymar, ficava ou iria?

Eu iria. Não agora. Mas em dezembro, pós-disputa do Mundial de Clubes, como sugere o Barcelona - o Real Madrid gostaria de contar com ele desde já.

Em dezembro, Neymar já teria completado um ciclo completo no seu clube de formação e coração. Para ser o melhor do mundo, embora a diretoria santista insista com o desafio 'melhor do mundo no Brasil', Neymar tem de jogar na Europa; com e contra os melhores. Neymar só poderá ser comparado a Messi se atuar com ou contra o argentino numa temporada completa - não durante uma esporádica Copa América.

Estamos falando aqui de desafio profissional, não exatamente de dinheiro.

Ao contrário de outros jogadores, como o ex-santista Robinho, por exemplo, Neymar já sairia do Brasil um jogador pronto, tecnicamente falando. Tem todos os fundamentos. Finaliza bem com os dois pés, etc

Tem um outro detalhe. Os dois clubes que o cobiçam são os melhores do planeta. O país (Espanha) é excepcional. A adaptação não requer grandes cuidados. Vai, Neymar! Vai, tranquilo... E você, iria?