sexta-feira, 1 de julho de 2011

Saudades de Conca

mpossível negar um clima já de nostalgia na indiscutível vitória do Fluminense no Engenhão.
Se soubessem antes da triste notícia, talvez fossem muito mais do que os 5.114 tricolores presentes (3.449 pagantes), comemorando por um lado e se despedindo por outro daquele que foi o melhor jogador do último Brasileirão.
O baixinho Conca vai levar seu futebol para a China e, com toda certeza, deixará muita gente com saudades.
O primeiro tempo era de poucas chances para os dois lados e parecia fadado a terminar em 0 a 0.
Só que o Flu aproveitou as falhas do Atlético Paranaense, aos 41, Conca girou no meio de campo e tocou para Souza que viu bem Mariano passando pela direita. O lateral recebeu, tirou a marcação e bateu para fazer 1 a 0.
No minuto seguinte, Ciro, na entrada da área, gingou para dentro e bateu firme para ampliar o marcador e comemorar seu primeiro gol com a camisa do Fluminense demonstrando muita emoção ao não saber sequer como comemorar.
Na segunda etapa o Atlético Paranaense estava entregue em campo. Sem forças para reagir, parecia conformado com a lanterna da competição com apenas um ponto em 21 disputados.
O Flu agradeceu e, aos 13, Souza cobrou escanteio, Gum cabeceou na trave e Rafael Santos tentou se livrar do rebote, mas deu nos pés de Ciro que marcou mais uma vez. 3 a 0 Fluminense.
Com o resultado nas mãos, o tricolor tocava a bola e, aos 35, Conca deixou três do Furacão na saudade, e já matou de saudade antecipada a torcida que passou a gritar pedindo para o argentino ficar.
O gol do Atlético, de Edigar Júnior aos 41, mudou o placar para 3 a 1 e nada mais.
Porque o que as câmeras procuravam era o rosto de Conca segurando a emoção com um rosto em que as lágrimas pediam para rolar.
E, no apito final, Conca deixou o gramado em silêncio, debaixo de aplausos e súplicas.