SÃO PAULO - A segurança do autódromo de Interlagos está novamente em xeque. A morte do piloto Gustavo Sondermann (veja arte abaixo), durante prova da Copa Montana neste domingo, mostra que a temida curva do Café segue com problemas, mesmo após a instalação do soft wall ('muro macio'), barreira construída para diminuir a velocidade do carro após o impacto.
Epitácio Pessoa/AE
Imagem do 'muro macio' em que bateu Sondermann
Outro acidente fatal muito parecido havia ocorrido em 2007, em corrida da Stock Car Light. Na ocasião, não existia o soft wall, e sim uma barreira de pneus, que fez o carro do piloto voltar para a pista em alta velocidade e ser atingido em cheio por Renato Russo - a batida foi em 'T', a mais temida pelos pilotos, que ocorre quando o veículo é atingido direto na lateral.
O 'muro macio' ainda demorou três anos para ser colocado e só apareceu em 2010, antes do GP do Brasil de Fórmula 1. Mesmo assim, não evitou a morte de Sondermann - mesmo com a redução da velocidade após o impacto, o carro foi atingido em cheio na lateral por Pedro Boesel.
Outra vítima da curva do Café foi o fotógrafo João Lisboa, em 25 de fevereiro deste ano. Em evento de uma escola de pilotagem, bateu com a sua moto no muro, que pegou fogo. Ele sofreu uma hemorragia, seguida de uma parada cardíaca, e morreu.
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