Melbourne (Austrália) - Não será desta vez que a dinamarquesa Caroline Wozniacki vai faturar seu primeiro título de Grand Slam. Derrotada nas semifinais do Aberto da Austrália pela chinesa Na Li, a líder do ranking da WTA terá que conviver por mais um tempo com as críticas sobre a falta de agressividade e o fato de ela ser número 1 do mundo sem nunca ter vencido um dos quatro principais torneios do tênis mundial.
Bastante chateada, a atleta de Odense lamentou ter desperdiçado o match-point que teve a seu favor no segundo set, quando sacava para fechar o jogo. “Algumas vezes, uma bola pode mudar tudo. Depois que eu perdi o match-point ela passou a jogar melhor do que eu os pontos importantes e venceu o mais importante de todos, que é o último”, declarou Wozniacki após a derrota de virada frente à chinesa, com parciais de 3/6, 7/5 e 6/3.
“Ela (Li) estava muito agressiva e cheia de confiança, batendo a bola cedo e dominando os pontos”, avaliou a dinamarquesa, que viu a rival anotar 41 pontos em bolas vencedoras e contou com 51 erros não forçados de Na Li. Do outro lado, Wozniacki anotou apenas dez winners, nenhum deles no set decisivo. “Eu estava tentando apenas seguir em frente, acertar uma bola de cada vez, mas hoje não deu certo”, complementou.
Apesar de não estar nem um pouco contente com a eliminação, Wozniacki já quer pensar na sequência. “Neste exato momento, é claro que eu estou chateada, mas tenho que superar isso, voltar a treinar duro, para ter uma nova chance no futuro”, declarou a número 1 do mundo. “Nunca é fácil perder um jogo, principalmente desta maneira”, pontuou a dinamarquesa, que disse acreditar em um possível título da confiante Na Li em Melbourne.
“Ela esta jogando muito bem e acredita que possa vencer a final. Mas nunca dá para saber o que vai acontecer em uma final”, afirmou Wozniacki. Ela também comentou a aposentadoria definitiva da belga Justine Henin, que anunciou sua despedida definitiva das quadras, nesta quarta-feira. “Cresci a vendo jogando e vencendo Slam. Espero que comece um novo capítulo em sua vida”, sentenciou.
Mesmo sem o sonhado troféu, Wozniacki conseguiu ignorar em parte uma "maldição": entre as últimas seis líderes do ranking, apenas a russa Dinara Safina, finalista de Roland Garros em 2009, havia passado da quarta rodada em seu primeiro Grand Slam como número 1 do mundo.
