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Melbourne (Austrália) - Após apresentar um desempenho muito irregular nas três rodadas anteriores, a belga Kim Clijsters finalmente desencantou no Aberto da Austrália. E foi na semifinal, em que realizou uma exibição bastante segura diante as russa Vera Zvonareva para chegar à decisão do torneio ante a chinesa Na Li. A partida foi definida com um duplo 6/3 em apenas 1h12.
Com o resultado, Clijsters já garante a passagem da terceira à segunda colocação do ranking feminino, ultrapassando exatamente Zvonareva. Este será seu melhor posicionamento desde quando voltou ao tênis, em agosto de 2009, interrompendo uma aposentadoria que já durava dois anos e quatro meses. Se vencer mais uma partida, ela não será novamente a número 1 do mundo, mas ficará muito perto disso: a apenas 140 pontos da dinamarquesa Caroline Wozniacki.
No sábado, a belga enfrentará Li pela sétima vez na carreira e buscará a quinta vitória, sendo a quarta sobre quadras duras. Caso obtenha mais uma, levantará o seu 41º título da carreira e o quarto Grand Slam, o primeiro sem ser o Aberto dos Estados Unidos. Em Melbourne, seu melhor resultado é o vice-campeonato de 2004, quando perdeu para sua compatriota Justine Henin. Já a chinesa, que superou a rival por 7/6 (7-3) e 6/3 na decisão do WTA de Sydney, há apenas duas semanas, buscará o quinto troféu, sendo o primeiro Slam.
Contra Zvonareva, Clijsters confirmou a tendência de se impor nos jogos mais importantes. Ela havia perdido três dos quatro encontros disputados em 2010, mas repetiu a vitória tranquila obtida na decisão do último US Open, em que o placar foi de 6/2 e 6/1. Apesar da derrota, a russa volta para casa com um cheque de US$ 417 mil.
Nesta madrugada, as rivais trocaram quebras nos dois primeiros games do confronto, e a belga converteu um break point decisivo no sétimo game, em que a russa atuou mal, cometendo inclusive uma dupla-falta. No segundo set, a quebra veio já no terceiro game. Tranquila, a ex-número 1 do planeta só chegou a ser ameaçada mais uma vez: quando sacava em 4/3, cedeu um 15-40, mas se recuperou contando com dois erros de backhand da rival e encaixando dois bons serviços na sequência.
Assim como Li, Clijsters havia chegado à semifinal na Austrália sem perder sets – mas ao contrário da chinesa, que precisou salvar um match point contra Wozniacki, manteve-se com essa estatística. A europeia só precisou de 7h31 para alcançar a decisão, contra 9h14 de sua próxima adversária.
