quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Divergindo de Tostão

Tostão escreveu em sua coluna de ontem que não houve pênalti nem para o Corinthians nem para o Fluminense na rodada passada.
Não me alegra discordar, ao contrário, porque por poucas pessoas  tenho tanto carinho e respeito quanto por ele.
O argumento dele é perfeito e, aí, estamos de acordo: o pênalti é algo tão decisivo que não deveria ser tratado como uma falta qualquer, dessas no meio do campo.
É o tal espírito da lei, que deveria ser levada em conta também em relação aos impedimentos, cujo espírito está em não permitir que alguém leve vantagem ao se colocar na direção do gol.
Daí porque em dúvida os bandeirinhas deveriam deixar os lances seguirem, porque uma posição milimétrica de impedimento é por acaso, jamais proposital.
Mas voltemos ao pênalti.
Embora fosse mais uma coisa a deixar a critério dos árbitros, eu gostaria que fosse marcado pênalti só diante da possibilidade iminente de gol.
Em caso contrário, falta dentro da área, seria batida com chute em dois toques, com barreira.
Mas a regra não é assim e pergunto ao Tostão como fazer.
Imagine que, numa final de Copa do Mundo, jogo empatado, último segundo, um zagueiro suba sozinho na área, sem ninguém por perto, e por pura bobeira, dessas panes mentais que às vezes acontecem, meta a mão na bola.
O árbitro deve marcar a falta, e consequentemente o pênalti, ou fazer de conta que nada houve para que uma Copa não seja decidida por tamanha infantilidade, tamanha infelicidade?
Em tempo: dispenso as baboseiras do tipo lembrar que Tostão é cruzeirense, OK?