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Falcão, Fernandão, Aguirre e Dunga: ex-jogadores que falharam como técnicos do Inter
Cada vez mais próximo de assumir o comando do Internacional, o técnico Argel Fucks terá que desafiar um histórico complicado no Beira-Rio: a sina dos ex-jogadores que foram ídolos com a camisa colorada, mas depois fracassaram como técnicos na equipe de Porto Alegre.
Gaúcho de Santa Rosa, Argel começou a carreira no Inter, clube que defendeu entre 1993 e 1995, conquistando a Copa do Brasil de 1992 e dois Campeonatos Gaúchos (1992 e 1994). As boas atuações e o estilo aguerrido lhe renderam à época convocações para a seleção brasileira.
Como treinador, o ex-zagueiro se notabilizou por salvar equipes de situações desesperadoras na zona do rebaixamento. No entanto, desde 2014 ele se consolidou no comando do Figueirense, tendo conquistado o Campenato Catarinense de 2015 e fazendo campanha segura no comando do time de Florianópolis - o aproveitamento da equipe em casa é um dos melhores do Brasileiro.
Agora, ele pode ter a chance de comandar seu primeiro time no grupo dos 12 grandes do futebol brasileiro. O histórico, porém, já começa desfavorável.
Relembre os ídolos que fracassaram como técnicos no Inter:
Paulo César Carpegiani
Como jogador, vestiu a camisa vermelha por sete anos e conquistou dois Campeonatos Brasileiros e sete Campeonatos Gaúchos, formando parte de um meio-campo inesquecível no Beira-Rio. Também recebeu diversas convocações para a seleção brasileira enquanto jogador do Internacional.
Como jogador, vestiu a camisa vermelha por sete anos e conquistou dois Campeonatos Brasileiros e sete Campeonatos Gaúchos, formando parte de um meio-campo inesquecível no Beira-Rio. Também recebeu diversas convocações para a seleção brasileira enquanto jogador do Internacional.
Como técnico, porém, teve duas passagens pelo Beira-Rio, ambas sem brilho. A primeira foi em 1985, durando apenas um ano - em seguida, ele saiu para o Náutico. Já a segunda temporada foi em 1989, durando apenas alguns meses. Novamente, ele saiu e acabou assumindo o "Timbu".
Elias Figueroa
Talvez o maior zagueiro da história do Internacional, o chileno jogou cinco anos pelo time gaúcho e conquistou dois Brasileiros (inclusive marcando o gol do título da edição de 1975, contra o Cruzeiro) e seis Gauchões consecutivos. Também foi titular absoluto da seleção chilena no período.
Talvez o maior zagueiro da história do Internacional, o chileno jogou cinco anos pelo time gaúcho e conquistou dois Brasileiros (inclusive marcando o gol do título da edição de 1975, contra o Cruzeiro) e seis Gauchões consecutivos. Também foi titular absoluto da seleção chilena no período.
Já como treinador, sua estada em Porto Alegre foi menos feliz. Ele teve uma breve passagem no comando do clube enquanto ocupava o cargo de gerente de futebol. Isso aconteceu nas últimas cinco partidas da primeira fase do Brasileirão de 1996, em substituição a Nelsinho Baptista.
O ex-beque obteve quatro vitórias e uma derrota, quase levando o Inter à fase final. A torcida pediu sua permanência, mas Figueroa não quis.
Falcão
Um dos maiores ídolos da história colorada, conquistou três Brasileirões, cinco Gaúchos e foi vice da Copa Libertadores nos sete anos em que defendeu o clube vermelho, sendo também titular absoluto da seleção brasileira. Ao todo, fez 392 jogos e marcou 75 gols pelo Inter, muitos deles belíssimos.
Um dos maiores ídolos da história colorada, conquistou três Brasileirões, cinco Gaúchos e foi vice da Copa Libertadores nos sete anos em que defendeu o clube vermelho, sendo também titular absoluto da seleção brasileira. Ao todo, fez 392 jogos e marcou 75 gols pelo Inter, muitos deles belíssimos.
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Falcão teve duas passagens como técnico
Como treinador, o "Rei de Roma" teve duas passagens pelo Beira-Rio, ambas curtas e sem muito sucesso. A primeira foi em 1993, quando ficou por um ano antes de assumir o comando da seleção japonesa.
Após um longo período trabalhando como comentarista de TV, Falcão voltou ao comando do Inter no início de 2011. De cara conquistou o Gaúchão. No entanto, a eliminação para o Peñarol na Libertadores em pleno Beira-Rio e o começo instável no Brasileiro acabaram culminando na demissão em julho.
Foram 19 partidas na segunda passagem, com oito vitórias, cinco empates e seis derrotas, o que dá um rendimento de 50,87%.
Fernandão
Grande símbolo das conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa em 2006, o "Capitão América" é talvez o maior ídolo da história recente do Internacional. Além desses títulos, ainda ganhou dois Campeonatos Gaúchos e uma Recopa Sul-Americana nos quatro anos em que jogou no Beira-Rio, tanto no meio-campo quanto no ataque.
Grande símbolo das conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa em 2006, o "Capitão América" é talvez o maior ídolo da história recente do Internacional. Além desses títulos, ainda ganhou dois Campeonatos Gaúchos e uma Recopa Sul-Americana nos quatro anos em que jogou no Beira-Rio, tanto no meio-campo quanto no ataque.
Após se aposentar atuando pelo Goiás, time que o revelou, Fernandão retornou ao Inter em 2011, para trabalhar como diretor de futebol. Após a saída do técnico Dorival Júnior, contudo, acabou assumindo como técnico, logo em seu primeiro trabalho.
GAZETA PRESS
Fernandão durou pouco como técnico
Com campanha apenas mediana no Brasileirão e também com atritos dentro do vestiário, o ídolo deixou o clube colorado antes mesmo do fim do torneio nacional, tornando-se mais um ex-jogador a fracassar como técnico na equipe gaúcha.
Ao todo, foram 26 jogos, com 44,87% de aproveitamento: nove vitórias, oito empates e nove derrotas.
Dunga
Como jogador, o tetracampeão do mundo teve duas passagens pelo Beira-Rio. A primeira foi entre 1983 e 1984, quando iniciou a carreira, enquanto a segunda foi entre 1999 e 2000, quando pendurou as chuteiras. Com a camisa colorada, conquistou dois Campeonatos Gaúchos, em 1982 e 1983.
Como jogador, o tetracampeão do mundo teve duas passagens pelo Beira-Rio. A primeira foi entre 1983 e 1984, quando iniciou a carreira, enquanto a segunda foi entre 1999 e 2000, quando pendurou as chuteiras. Com a camisa colorada, conquistou dois Campeonatos Gaúchos, em 1982 e 1983.
GAZETA PRESS
Dunga durou pouco no comando do Inter
Sua passagem como técnico do Inter, porém, foi sem brilho. Ele assumiu o clube em 2013, três anos depois de seu primeiro período à frente da seleção brasileira. Fazendo campanha mediana no Campeonato Brasileiro, o ex-volante acabou demitido após sua equipe perder quatro partidas seguidas. No ano passado, voltou ao comando da seleção.
Como treinador colorado, Dunga somou 25 vitórias, 18 empates e nove derrotas, com um aproveitamento de 59,61%.
Clemer
Um dos grandes goleiros da história do Inter, o maranhense de São Luís faturou nada menos que 10 títulos em Porto Alegre: um Mundial, uma Libertadores, uma Copa Sul-Americana, uma Recopa, uma Copa Suruga e cinco Gauchões. Contra o Barcelona, em 2006, teve grande atuação, parando Ronaldinho e o ataque do time catalão.
Um dos grandes goleiros da história do Inter, o maranhense de São Luís faturou nada menos que 10 títulos em Porto Alegre: um Mundial, uma Libertadores, uma Copa Sul-Americana, uma Recopa, uma Copa Suruga e cinco Gauchões. Contra o Barcelona, em 2006, teve grande atuação, parando Ronaldinho e o ataque do time catalão.
Após se aposentar, trabalhou como preparador de goleiros e treinador das equipes de base coloradas - em 2013, após a saída de Dunga, chegou até a comandar o elenco principal por alguns jogos.
Em maio deste ano, contudo, Clemer se desentendeu com o preparador físico Flávio Soares durante um treino e acabou demitido pela diretoria, deixando o Beira-Rio após 14 anos. Em coletiva, ele considerou a decisão injusta e assegurou que estava deixando o Internacional contra sua vontade.
ALEXANDRE LOPS/SC INTERNACIONAL
Aguirre foi demitido na semana passada
Diego Aguirre
O uruguaio não foi tão ídolo no Internacional, mas defendeu o clube com muita garra entre 1989 e 1990, justificando seu apelido de "La Fiera", herança dos tempos de Peñarol. Como atleta, não ganhou títulos no Beira-Rio, e saiu depois para defender São Paulo e Portuguesa.
O uruguaio não foi tão ídolo no Internacional, mas defendeu o clube com muita garra entre 1989 e 1990, justificando seu apelido de "La Fiera", herança dos tempos de Peñarol. Como atleta, não ganhou títulos no Beira-Rio, e saiu depois para defender São Paulo e Portuguesa.
Como técnico, Aguirre assumiu o time do Rio Grande do Sul no início de 2015. Com um sistema inovador de rodízio de jogadores, começou claudicante, mas ganhou moral ao conquistar o Campeonato Gaúcho. Ainda levou o Inter à semifinal da Libertadores, mas a eliminação para o Tigres-MEX, somada a uma campanha fraca no Brasileirão, resultaram em sua demissão na semana passada.
