domingo, 6 de julho de 2014

Van Gaal mexe no goleiro na hora do pênalti, agride Costa Rica pelas pontas e pode escalar Blind para marcar Messi

De suas últimas quatro participações em Copas do Mundo, a Holanda garantiu presença em semifinais três vezes -- 1998, 2010 e 2014. Isso porque ficou ausente do Mundial da Ásia em 2002, quando teve Louis Van Gaal como treinador nas eliminatórias. A redenção está completa e com uma lance de mestre. Van Gaal treinou Tim Krul, 1,93 m, para defender pênaltis. Trocou o titular Cillesen por Krul no intervalo para a disputa por pênaltis e espantou o maior trauma do futebol holandês: os pênaltis.
A Holanda foi eliminada nos pênaltis nas Eurocopas de 1992, 1996 e 2000, também na Copa do Mundo de 2002. Conseguiu sua primeira vitória assim com a audácia de Louis Van Gaal, que segurou uma alteração até o fim e correu o risco de perder por falta de pernas de algum jogador para escalar Tim Krul nas penalidades.
Na Premier League, Krul defendeu duas cobranças das últimas vinte contra seu gol. O treino dos últimos trinta dias fez com que defendesse o mesmo número em cinco cobranças da Costa Rica.
Outro trauma da Holanda é perder a final para o dono da casa. Aconteceu em 1974 e 1978.
A Holanda foi melhor do que a Argentina nesta Copa. Tem o melhor ataque da competição, com 12 gols marcados. Mas precisa de cuidados. Escalar dois pontas contra Lavezzi e provavelmente Palacio pode ser suicídio. Robben pode aproveitar os contra-ataques e pegar a defesa argentina desprotegida. Mas os argentinos têm os números defensivos mais expressivos entre os semifinalistas.
Importante será também o duelo de Messi com Daley Blind. Como joga o volante-zagueiro-lateral da Holanda! Sua versatilidade pode produzir um dos confrontos mais difíceis para o melhor jogador do mundo. Pode ser um obstáculo para que Messi repita o que fez nos quatro primeiros jogos e leve a Argentina à final depois de 24 anos.


2/julho/2014
HOLANDA 0 x 0 COSTA RICA - 17h

Nos pênaltis - 4 x 3
Local: Fonte Nova (Salvador); Juiz: Ravshan Irmatov (Uzbequistão); Público: 51.900; Cartão amarelo: Martins Indi, Acosta, González, Umaña, Junior Díaz
HOLANDA (3-4-1-2): 1. Cillesen (6,5) (23. Krul, intervalo para os pênaltis (8)), 2. Vlaar (6,5), 3. De Vrij (6,5) e 4. Martins Indi (5,5) (19. Huntelaar, intervalo da prorrogação (5)); 15. Kuyt (6), 20.Wijnaldum (6), 5. Daley Blind (7) e 21. Depay (6,5) (17. Lens 31 do 2o (5)); 10. Sneijder (7,5); 11. Robben (7,5) e 9. Van Persie (6). Técnico: Louis Van Gaal
COSTA RICA (5-4-1): 1. Navas (8,5), 16. Gamboa (5,5) (8. Myrie 34 do 2o (5,5)), 2. Acosta (6,5), 3. González (7), 4. Umaña (6,5) e 15. Junior Díaz (6); 10. Bryan Ruiz (7), 17. Tejeda (7) (22. Cubero 7 do 1o da prorrogação (6)), 5. Boges (6,5) e 7. Bolaños (6); 9. Campbell (6,5) (21. Ureña 21 do 2o (6,5)). Técnico: Jorge Luis Pinto
Homem do jogo FIFA - Navas
Homem do jogo PVC - Navas
64% x 36%
Nos pênaltis: Borges (Gol), Van Persie (Gol), Bryan Ruiz (Krul), Robben (Gol), González (Gol), Sneijder (Gol), Bolaños (Gol), Kuyt (Gol), Umaña (Gol)