quarta-feira, 30 de julho de 2014

Academia dos Imortais ídolos para serem reverenciados eternamente

Neste 30 de julho, data do amistoso entre Palmeiras e Fiorentina, pela Copa Euroamericana, no Pacaembu, um nome comum aos dois clubes logo vem à mente dos fãs de futebol: Júlio Botelho. Tido como um dos maiores pontas da história, comparado várias vezes a ninguém menos do que Garrincha, Julinho, como era chamado, marcou época com as camisas do Verdão e do time de Florença (brilhou também pela Portuguesa).
Para lembrar não só o legado de Julinho, mas de vários outros ícones da história do Palmeiras, o GloboEsporte.com montou uma equipe com 11 ídolos que não estarão presentes no centenário do clube, no próximo dia 26. A “Academia dos Imortais”, com jogadores de épocas distintas, mas com uma coisa em comum: a dedicação às cores da instituição – fosse ela ainda amadora, nos tempos de Palestra Itália, ou já uma máquina conhecida internacionalmente com o nome Sociedade Esportiva Palmeiras.

Oberdan Cattani

goleiro
* 12/06/1919
† 20/06/2014
Um dos maiores símbolos da história do clube, Oberdan vestiu a camisa do Palestra Italia e do Palmeiras, entre os anos de 1941 e 1954, fazendo parte de dois momentos marcantes: a Arrancada Heroica de 1942 (o primeiro jogo após a mudança de nome para Sociedade Esportiva Palmeiras) e o título mundial de 1951. Depois de ser homenageado com um monumento que mostrava suas mãos defendendo uma bola, localizado na antiga sala de troféus, o ex-goleiro será eternizado com um busto no clube, ainda este ano.
Números351 jogos (207 vitórias, 76 empates e 68 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1942, 1944, 1947 e 1950, 
Torneio Rio-São Paulo de 1951 e 
Copa Rio (Mundial Interclubes) de 1951

Djalma Santos

lateral-direito
* 27/02/1929
† 23/07/2013
Dono da lateral direita do Palmeiras entre os anos de 1959 e 1968, Djalma Santos é considerado até hoje um dos maiores jogadores da história do clube e da Seleção. Pelo Brasil, disputou quatro Copas do Mundo – foi campeão em 1958 e 1962. Pelo Verdão, marcou época com seu estilo habilidoso e seguro.
Números498 jogos (295 vitórias, 105 empates e 98 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1959, 1963 e 1966, 
Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1960 e 1967, 
Taça Brasil de 1967 e 
Torneio Rio-São Paulo de 1965

Junqueira

zagueiro
* 26/02/1910
† 25/04/1985
Junqueira foi primeiro atleta a ser homenageado pelo Palmeiras com um busto de bronze na sede social. Craque do Palestra Italia, o zagueiro e capitão enfrentou a mudança de nome do clube e defendeu as cores do Verdão entre os anos de 1931 e 1945 – e de mais nenhuma outra equipe. Marcou época ao conquistar sete vezes o Campeonato Paulista, algo que jamais foi superado por outro jogador no time.
Números326 jogos (201 vitórias, 73 empates e 52 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942 e 1944 e 
Torneio Rio-São Paulo de 1933

Waldemar Fiúme

zagueiro
* 22/08/1920
† 06/11/1996
O estilo clássico e talentoso rendeu a Waldemar Fiúme o apelido de o “Pai da Bola”. Zagueiro, volante e meia, ele começou no Palestra Italia, em 1941, e permaneceu no clube, já como Palmeiras, até 1958. Um mês depois ao seu adeus aos gramados, ele se tornou o segundo atleta a ser homenageado com um busto de bronze na sede social.
Números601 jogos (337 vitórias, 120 empates e 144 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1942, 1944, 1947 e 1950, 
Torneio Rio-São Paulo de 1951 e 
Copa Rio (Mundial Interclubes) de 1951

Geraldo Scotto

lateral-esquerdo
* 11/09/1934
† 27/07/2011
Grande nome da primeira Academia do Verdão, Geraldo Scotto está entre os maiores destaques da lateral esquerda da história do Palmeiras. Eficiente na marcação - travou bons duelos com Garrincha na década de 1960 -, ele também se destacou na qualidade e no apoio ao ataque. Atuou no clube entre os anos de 1958 e 1967.
Números352 jogos (215 vitórias, 72 empates, 65 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1959, 1963 e 1966, 
Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1960 e 1967 e 
Torneio Rio-São Paulo de 1965

Zequinha

volante
* 18/11/1934
† 25/07/2009
Foi um dos primeiros atletas a mostrar que um volante também pode ser eficiente no ataque. Com boa técnica, Zequinha era elemento surpresa do Palmeiras entre os anos de 1958 e 1968, tanto que até hoje mantém a marca de ser o volante com mais gols pelo Verdão – 40. Disputou a Copa do Mundo de 1962.
Números417 jogos (247 vitórias, 83 empates e 87 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1959, 1963 e 1966, 
Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1960 e 1967, 
Taça Brasil de 1967 e 
Torneio Rio-São Paulo de 1965

Chinesinho

meia
* 28/06/1935
† 16/04/2011
Dentro de campo, Chinesinho foi um dos melhores meias da história do Verdão. Chegou ao clube como ponta, mas seu estilo técnico e habilidoso o levou para o meio de campo. Fora de campo, ajudou o clube indiretamente em duas ocasiões. Em 1962, ele foi vendido para o Modena, da Itália. A transferência, uma das mais caras da história do futebol brasileiro na época, permitiu ao Palmeiras iniciar a obra de reforma do estádio Palestra Italia, transformando o campo no Jardim Suspenso. Além disso, sua saída para a Europa abriu espaço para a chegada de Ademir da Guia.
Números241 jogos (147 vitórias, 46 empates e 48 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1959 e 
Taça Brasil de 1960

Jair Rosa Pinto

meia
* 21/03/1921
† 28/07/2005
O primeiro grande momento do Palmeiras desde a sua mudança de nome teve Jair Rosa Pinto como capitão e grande destaque da equipe que marcou época nas décadas de 1940 e 1950. Além do seu talento, o meia, que permaneceu no clube de 1949 até 1955, era um grande líder do time alviverde, tanto que foi o capitão na conquista da Copa Rio de 1951.
Números241 jogos (141 vitórias, 45 empates e 55 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1950, 
Torneio Rio-São Paulo de 1951 e 
Copa Rio (Mundial Interclubes) de 1951

Julinho Botelho

atacante
* 29/07/1929
† 10/01/2003
Julinho Botelho nasceu na Penha e iniciou sua carreira no Juventus, da Mooca. Mas o Verdão foi atrás do ponta direita em Florença, na Itália, em 1958 para trazer um dos maiores craques da sua história. Nome certo na seleção brasileira da época, o jogador conquistou o coração dos palmeirenses e está eternizado na galeria de craques imortais do clube.
Números269 jogos (163 vitórias, 53 empates e 53 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1959 e 1963, 
Taça Brasil de 1960 e 
Torneio Rio-São Paulo de 1965

Heitor

atacante
* 20/12/1898
† 21/10/1972
Heitor foi o primeiro grande ídolo do Palestra Italia. E está eternizado na história alviverde com uma marca que jamais foi superada em 100 anos de clube – ele é o maior artilheiro da equipe, com 327 gols em 15 anos. Ícone do esporte paulista da época, o atacante atuou também como jogador de basquete (foi campeão paulista em 1928 pela equipe palestrina) e árbitro de futebol.
Números358 jogos (249 vitórias, 54 empates e 55 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1920, 1926 e 1928

Imparato

atacante
* 01/05/1910
† 08/03/1976
O nome Imparato é sinônimo de Palestra Itália. No total, quatro jogadores da família defenderam as cores do clube no início do século passado (Ernesto, Caetano, Luis e Antonio). Mas foi Luis, também conhecido como Gino ou “Trem Blindado”, que mais é festejado até hoje. O motivo? Os três gols do atacante na histórica goleada de 8 a 0 contra o Corinthians, disputada em novembro de 1933, já no campo que hoje abriga o Allianz Parque.
Números113 jogos (78 vitórias, 17 empates e 18 derrotas)
TítulosCampeonato Paulista de 1932, 1933, 1934 e 1936

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