terça-feira, 1 de abril de 2014

Periquito dança e Trio de Ferro vira sucata. Peixe e Ituano decidem Paulistinha

‘No creo em brujas, pero que las hay, las hay'. Varre, varre vassourinha... Os periquitos em revista já sentiram o primeiro golpe da maldição do centenário.
Depois de 23 jogos sem derrota na casa alugada do Pacaembu, que recebeu 29.166 pagantes, o Palmeiras sucumbiu diante do Ituano por 1 a 0 e caiu fora do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago.
O único gol foi marcado por Marcelinho, campeão da Copa São Paulo pelo Corinthians em 2009.
Um vexame que não fica nada a dever aos coirmãos Corinthians e São Paulo. Um Trio de Ferro que virou sucata.
A coleção de lata velha começou com a eliminação do 'bando de loucos' ainda na fase de classificação. Prosseguiu com o soberano Tricolor nas quartas de final. E fechou a gloriosa trinca com a derrota palmeirense nas semifinais, no dia em que o ‘professor' Gilson Kleina comemorou 46 anos e 100 jogos no comando da equipe.
A festa do interior teve início no vestiário palmeirense: Valdivia com o bumbum no banco por não estar 100% fisicamente.
Continuou no gramado. Alan Kardec, artilheiro do time com nove gols, sentiu uma lesão e foi substituído por Vinícius. No intervalo, mais problema: o goleiro Fernando Prass reclamou de dores no tornozelo e Bruno assumiu a posição.
Baleado, Valdivia entrou no segundo tempo, mas pouco fez. Com uma forte marcação e jogadas velozes, o Ituano chegou à histórica vitória aos 38 minutos. O ex-corintiano Marcelinho acertou belo chute de fora dá área e mandou o periquito para o espaço.
A equipe de Itu vai decidir o caneco com o Peixe, que sofreu barbaridades para superar o Penapolense no aquário da Vila Belmiro.
O time santista saiu na frente (Cícero), tomou a virada (Guaru e Douglas Tanque), empatou (Leandro Damião) e carimbou a classificação na bacia das almas (Stéfano Yuri, aos 42 minutos do segundo tempo).
A vitória santista veio do banco, mais precisamente do ‘professor' Oswaldo de Oliveira. Depois de Leandro Damião, o atacante de R$ 42 milhões, perder vários gols, o treinador apostou no garoto Yuri. Bingo! No primeiro toque na bola, ele garantiu a festa do Peixe.
O primeiro duelo da final terá o mando de campo do Ituano. O segundo deve ser na Vila. O Peixe chega pela sexta vez consecutiva à final do Paulistinha. Já a equipe do interior tem a chance de buscar o segundo título paulista. Ganhou em 2002, numa edição que não tinha os quatro grandes.
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Pitacos da rodada 1. Nau vascaína afunda Fluminense com ‘matador' Edmilson (11 gols), no ‘new Maraca' (15.925 pagantes), e decide o Carioquinha com o Flamengo - time de São Januário perdeu as quatro últimas finais contra o Urubu e não solta o grito de campeão estadual desde 2003; há oito embates o Tricolor não vence o Vasco (cinco vitórias e três empates) - nos últimos 20 anos, 33 vitórias vascaínas, 13 do Flu e 32 empates.
Pitacos da rodada 2. De virada, Saci colorado derruba imortal Grêmio por 2 a 1, com dois gols de Rafael Moura (pirata Barcos abriu o placar), e só depende de um empate no segundo confronto pelo Gauchinho para levantar a taça pela 43ª vez - após o jogo, o zagueiro Paulão disse ter sido vítima de racismo de um imbecil que estava na torcida do Grêmio; pelo Mineirinho, carrasco Neto Berola marca pela quinta vez contra o Coelho, empata o jogo e leva o Galo à final contra a Raposa (devorou o Boa por 2 a 1, gols de Dagoberto, de pênalti, e Bruno Rodrigo).
Sugismundo Freud. Nem sempre o passado passa.
Bem, amiguinhos. Vôlei, basquete, tênis, futsal, ciclismo, taekwondo, futebol... Nunca na história deste país o esporte esteve tão saudável num mar de lama. Dia sim e outro também pipoca uma denúncia de corrupção. Toma lá, dá cá com o seu, o meu, o nosso rico dinheirinho. E la nave va sem que ninguém tome providências, apesar do alto investimento das estatais como ‘paitrocinadoras'.
Zé Corneta. Mano dos manos, ‘Muriçoca' Ramalho e Gilson Kleina: ‘professores' reprovados com nota 1 (pela presença em campo).
Bem, diabinhos. A gasolina queimada da Petrobras chegou ao esporte. Ministros receberam convites para assistir ao GP Brasil de F-1, ano passado, num camarote VIP da empresa, que serviria para aumentar o relacionamento com clientes. As credenciais davam direito à vista privilegiada do autódromo de Interlagos, acesso aos boxes e buffet especial, além de hospedagem em hotel cinco estrelas para ministros e parentes. Custo estimado por convite: R$ 12 mil.
Dona Fifi. Na boca do chimarrão: o gladiador Kleber, 30 anos, custa pouco mais de R$ 600 mil por mês ao imortal Grêmio.
Gilete press. De Ancelmo Gois, no ‘Globo': "A venda de ingressos no exterior para a Copa está abaixo das expectativas da Fifa. A imagem do país lá fora não anda boa. Já a procura interna de ingressos, inclusive para áreas VIP, está acima do esperado." Aqui se faz, aqui se paga.
Tititi d'Aline. Quando deixar o taco de lado, o venezuelano Miguel Cabrera vai sofrer barbaridades para poder comprar um hambúrguer. Ele renovou com o Detroit Tigers, da MLB, por irrisórios R$ 660 milhões - R$ 66 milhões por ano. O rebatedor será o jogador mais bem pago da liga americana de beisebol.
Você sabia que... o Bangu foi a última equipe pequena que se sagrou campeã carioca, em 1966?
Bola de ouro. Clubes do vôlei. Diante de tantas notícias alvissareiras envolvendo a confederação brasileira do saque, 11 das 12 equipes que disputam a Superliga masculina e quatro do torneio feminino aprovaram a criação da Associação de Clubes de Vôlei. Ela pretende lutar por mais transparência no campeonato nacional. Quer, por exemplo, saber direitinho o destino de cada centavo.
Bola de latão. Espanha. Nada menos que 50 aspones virão com a seleção campeã do mundo ao Brasil. Lá como cá...
Bola de lixo. Palmeiras. Que papelão!
Bola sete. "Muita gente agora vai questionar o elenco, o técnico e o presidente. Mas não vamos jogar tudo no lixo" (do mandachuva e raios do Palmeiras, Paulo Nobre, que garantiu a permanência de Gilson Kleina - o Palestra vai ferver).
Dúvida pertinente. Corinthians, São Paulo e Palmeiras eliminados: cabe desculpa?