A festa do milésimo jogo de Arsene Wenger foi completa. Para o Chelsea! José Mourinho foi grosseiro e mal educado ao chamar o treinador francês de especialista em fracassos. Mas mentiroso não foi. Wenger e seu Arsenal seguem a sina das últimas temporadas. Líderes em outubro, quartos colocados em maio. É triste a escrita dos Gunners, mas verdadeira.
A goleada por 6 x 0 é a maior da história do clássico. Antes, 5 x 0 em Highbury em 11 de novembro de 1998.
Wenger montou o time com quatro meias, mas puxava Podolski para perto de Giroud, infiltrava Gibbs na ponta. Em quatro minutos, a estratégia foi fatal. O Arsenal levou os dois primeiros gols no setor esquerdo de sua defesa. A solidez do Chelsea, com David Luiz e Matic como volantes, Oscar conduzindo o trabalho de pressão à defesa contrária, também foi responsável pelo massacre.
O Chelsea tem 69 pontos e só mais um clássico pela frente, contra o Liverpool, dia 27 de abril. O Manchester City tem três jogos a menos, mas fará três clássicos fora de casa nas próximas quatro partidas: Manchester United em Old Trafford, Arsenal no Emirates e Liverpool em Anfield. A chance do Chelsea vencer o campeonato é enorme, se não perder pontos que não costuma perder. Mas lembre-se que semana passada a derrota para o Aston Villa era imprevisível.
O Liverpool com quatro pontos a menos e um jogo a mais para fazer é candidato a enfrentar o Chelsea no dia 27 de abril, em Anfield, um ponto atrás na tabela. Para o Liverpool também importa não perder pontos em jogos teoricamente fáceis. Isso poderá levá-lo a decidir o campeonato em casa no clássico contra o Chelsea. Brendan Rodgers, técnico dos Reds, conheceu José Mourinho quando dirigia as divisões de base em Stamford Bridge. São amigos.
O Arsenal festejou -- ou lamentou --o jogo mil de Wenger recepcionando-o com a faixa: In Wenger we trust!
Não! Mil vezes não!