domingo, 2 de fevereiro de 2014

É proibido errar





Muricy começou o ano praguejando contra o mercado para explicar as raras contratações do São Paulo: "Não tem ninguém para contratar e quem tem é muito caro. Jogador mais ou menos não serve".
O Palmeiras, rival de hoje no Pacaembu, foi quem mais contratou entre os paulistas. Gastou pouco. Foram R$ 16 milhões para ter Leandro em definitivo. Bruno César, França, Marquinhos Gabriel, William Matheus, Lúcio, Victorino, Diogo e Rodolfo chegaram só pelo salário.
O clássico de hoje pode começar a mostrar se o Palmeiras contratou um monte de jogadores mais ou menos ou se Muricy não procurou direito.
Luís Ricardo foi um dos reforços pedidos por Muricy e já é questionado pelo início irregular. Alvaro Pereira é diferente. Tomou conta da lateral esquerda nas duas primeiras apresentações.
"Tenho muita simpatia pelo que o Palmeiras está fazendo", diz Juvenal Juvêncio. Mas ele pondera que nem todos os contratados serão titulares indiscutíveis no adversário de hoje. Está certo.
Até agora, só um reforço jogou todas: Lúcio!
"Eu só vou contratar se eu não tiver dúvida", completa o presidente.
Há um ano, contratou Lúcio.
Apostou também em Negueba, Aloísio, Wallyson, Caramelo, Roni, Reinaldo, Clemente Rodriguez e Welliton. De todas as contratações de 2013, só o zagueiro Antônio Carlos é titular.
O Palmeiras também errou muito no ano passado, por chegar tarde ao mercado –as eleições atrasaram tudo. Fernando Prass, Leandro, Marcelo Oliveira e Alan Kardec chegaram em 2013 e são titulares hoje. Acertou mais!
O Palmeiras parece o time paulista mais carente de títulos, mas a situação é igual à do São Paulo. Nos últimos quatro anos, o tricolor só ganhou a Copa Sul-Americana, os verdes venceram só a Copa do Brasil. Nenhum dos dois tem licença para errar.
DE GRAÇA?
O conselho gestor do Santos definiu que contratará um escritório de advocacia para acionar Neymar. Neste primeiro momento, o clube deseja receber toda a documentação e analisá-la.
Depois, tentará caracterizar os 1 40 milhões pagos ao pai como parte da transferência. O estafe de Neymar alega que o Barcelona fez um empréstimo.
Haverá uma chuva de ações. O grupo DIS aciona o Barcelona na Espanha, e o Santos, na baixada –o clube diz não ter sido notificado.
Uma das informações da semana foi que o salário pago pelo Santos a Neymar era de R$ 150 mil. Com a publicidade, os ganhos do jogador chegavam a R$ 3 milhões e o Santos recebia de volta os R$ 150 mil. Em síntese, o Santos não gastava nenhum real e desfrutava de seu ídolo.
Com Neymar, o Santos ganhava torcida, visibilidade, direitos de TV, patrocinadores... Pouca gente se convence, mas o melhor negócio seria ter Neymar até o final do contrato.
A conta sairia mais barata.