Divulgação / Flamengo
Elano e Feijão foram apresentados oficialmente pelo Flamengo nesta segunda-feira
A segunda-feira foi de caras novas no Flamengo. Após realizar seu primeiro treino com os novos companheiros, o experiente meia Elano, de 32 anos, foi apresentado oficialmente ao lado do jovem volante Feijão, de apenas 19. O primeiro foi contratado junto ao Grêmio, e o segundo, que estava no Bahia, foi trocado pelo atacante Rafinha.
Primeiro a conversar com a imprensa no CT Ninho do Urubu, Elano foi questionado sobre a responsabilidade de vestir a camisa do clube de maior torcida do Brasil. E a resposta foi veemente. Com passagens por clubes como Santos, Grêmio, Manchester City e pela seleção brasileira, o meio-campista afirmou que jamais foge de suas responsabilidades, e "cravou": nasceu para jogar em times grandes.
"Eu venho preparado. Antes de fechar qualquer coisa, eu analiso o que vou comprar, penso os contras. Eu sou assim, penso no que pode ser negativo se algo der errado. Mas eu acho que a minha carreira é brilhante porque em nenhum momento eu fujo das minhas responsabilidades. Nos momentos mais difíceis, de erros, nos jogos seguintes eu procurei assumir minhas reponsabilidades novamente. Estou no Flamengo porque nasci para jogar em time grande, minha carreira inteira foi assim. Estou no lugar certo. Vontade, determinação e raça, que são características desse clube, não vão faltar", sentenciou.
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Elano chegou 'com moral' e já foi escalado entre titulares no primeiro treino pelo Flamengo, antes de ser apresentado
Feliz com o carinho da torcida, que lhe tem enviado muitas mensagens pelo Twitter, e disposto a servir de referência para o jovem elenco do Fla, Elano revelou ainda duas coincidências a respeito da sua chegada: a "pressão" do massagista Deni, que trabalha no clube há 32 anos e conheceu o jogador na seleção brasileira, e do ídolo rubro-negro Zico, que fez uma "proposta" indecorosa na última vez que o meia esteve no Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude.
"Tem duas providências de Deus na minha vida. A primeira foi do Deni, massagista há 30 anos no Flamengo, que todo dia que me via na seleção falava: ‘você via jogar no Flamengo um dia.' E da última vez que eu estive no Rio, para visitar o papa, quem estava do meu lado era o Zico, para entregar uma camisa do Flamengo. Ele brincou se eu não estava afim de vestir essa camisa. Falei que se fosse a vontade de Deus eu vestia. Agradeço muito a Deus. Não é para qualquer um, com 32 anos vestir essa camisa. Me sinto totalmente inteiro e em forma, por isso aceitei esse desafio. Com 15 anos de carreira eu sei o que posso e o que não posso. Quero fazer muita coisa no campo para ajudar o Flamengo, e vai ser importante para mim também", completou.
Finalmente, Elano falou sobre seleção brasileira. "Figurinha carimbada" com o técnico Dunga, mas ausente desde 2011, o jogador não descartou uma convocação à Copa do Mundo em caso de sucesso no primeiro semestre de 2014, e garantiu que, apesar de um 2013 pouco produtivo, sempre esteve em forma e pronto para jogar.
"Na seleção brasileira as portas nunca estão fechadas para ninguém, eu aprendi isso nos 6 anos e meio, 7 anos que estive lá. Depois que eu vi que o meu nome não estava na última convocação eu fiquei tranquilo. Nunca vou desistir. Tive um ano não tão bom não por minha casa, eu estava em condições de jogar. Agora é ano novo, time novo. Não poderia ter sido uma escolha melhor. Se começarmos bem, fizermos uma grande Libertadores, temos possibilidade, não só eu, mas outros jogadores também, de jogar a Copa do Mundo", concluiu.
Menos idade, menos palavras
Após o término da entrevista coletiva de Elano, foi a vez de Feijão conversar com a imprensa. Com muito menos idade e muito menos palavras, o ex-jogador do Bahia apresentou suas "credenciais" à torcida.
"Eu sou um volante de pegada e também de muita qualidade no passe, assim que eu me defino", afirmou, sucinto.
O jogador ainda revelou a origem do seu apelido inusitado, que surgiu nas categorias de base do Bahia.
"Nas divisões de base, quando eu tinha 12 anos, eu jogava com um goleiro chamado Alisson. Tinha aquela resenha toda e eu comia muito Feijão, hoje até parei um pouco. Aí o goleiro falou que o meu apelido seria Feijão, e eu falei que era tranquilo. Cheguei em casa e falei para a minha mãe do apelido. Ela disse: ‘não, meu filho!' (risos). Mas o tempo passou e eu agradeço ao Alisson esse apelido. Eu gosto, é tranquilo", explicou.
Apesar da pouca idade, a responsabilidade deverá ser grande. Juntamente com Muralha, que retorna de empréstimo à Portuguesa, Feijão deve ter que substituir duas das principais peças na conquista da Copa do Brasil-2013: Luiz Antônio e Elias. O jogador, no entanto, se diz tranquilo, e disposto a somar ao grupo já existente.
"Ainda não caiu a ficha. Espero fazer uma boa temporada pelo Flamengo. É um time de massa, a maior torcida do Brasil, e espero ganhar títulos. Venho aqui pra contribuir com esse grupo maravilhoso, que tem o capitão Léo Moura, o Carlos Eduardo, o Chicão, André Santos, Felipe, caras experientes. Espero ganhar títulos e fazer uma boa temporada aqui no Flamengo", sentenciou.
"Vestir a camisa do Flamengo é tranquilo. É um time campeão brasileiro, campeão mundial, a maior torcida do Brasil, mas para mim é tranquilo", concluiu.
