quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Um ônibus com Ronaldinho rumo ao país cor de salmão

O Marrocos é um país cor de salmão.
(Ou talvez um salmão-escuro, não sei se isso existe, sou péssimo com cores e diferenciar salmão e vermelho é uma pequena vitória pessoal).
Desculpem-me os amigos que esperavam uma definição mais cultural ou profunda, mas em minhas primeiras horas no país foi realmente isso o que mais me impressionou. Um país cor de salmão.
Thiago Arantes/ESPN.com.br
Na Medina, as bandeiras dos países que têm clubes no Mundial; em um edifício cor de salmão, claro
Na Medina, as bandeiras dos países que têm clubes no Mundial; em um edifício cor de salmão, claro
Talvez seja assim apenas em Marrakech, mas o cenário clichê é prédio baixo, cor de salmão e descampado. Todos juntos.
Um país cor de salmão que receberá o Mundial de Clubes da Fifa pela primeira vez, usando dois estádios que estariam na Copa do Mundo de 2010, se o Marrocos não tivesse perdido para a África do Sul.
Marrakech, para os iniciantes como eu, divide-se entre dentro e fora da Medina - o centro murado que tem as mesquitas, palácios e praças com encantadores de serpentes.
As serpentes não são cor de salmão. O resto, sim. Na praça principal da Medina, há referências pontuais ao futebol: camisas do Barcelona, do Borussia Dortmund, Real Madrid... uma jaqueta do PSG, outra da seleção marroquina.
E uma referência interessante ao Mundial de Clubes, que começa nesta quarta-feira, em Agadir: bandeiras dos sete países que têm clubes na competição. México, China, Egito, Marrocos, Alemanha, Brasil e Nova Zelândia.
O Brasil do Atlético Mineiro, que a partir de agora será tratado neste blog apenas como Atlético, afinal, é único que ainda está em atividade e as referências todas serão a ele.
O Atlético que, por uma dessas coincidências nem tão do acaso, chegou a Marrakech no mesmo voo dos canais ESPN. E aí surgiu a primeira história curiosa da cobertura.
Ronaldinho, Jô e Tardelli, cansados depois do longo voo Belo Horizonte-São Paulo-Lisboa, foram para um hotel descansar e se atrasaram um pouco para o voo que nos traria a Marrakech.
Ronaldinho foi o último a passar pelo portão de embarque e, ao entrar no ônibus que nos levaria ao avião, sentou ao lado de onde estávamos. Um breve cumprimento, nossos entreolhares curiosos diante da situação, e cinco minutos depois, já subíamos as escadas rumo ao avião.
Uma coisa banal para quem está acostumado, mas ainda assim curiosa: pegar um ônibus com um jogador que já foi eleito o melhor do mundo.
Foi a primeira vez, bem possível que seja a última.
Thiago Arantes/ESPN.com.br
Ronaldinho no ônibus a caminho de Marrakech
Ronaldinho no ônibus a caminho de Marrakech