Cada vez mais me apaixono por esse negócio chamado futebol. Ele é cruel, muitas vezes, te decepciona, te deixa para baixo, faz você pensar se tudo aquilo vale a pena. Mas no final sempre vale, vencendo ou perdendo.
E basta acompanhar algumas torcidas para ter toda essa certeza. Duas, por exemplo, acompanhei de perto nesta semana. Uma brasileira, da Ponte Preta, e uma argentina, do Lanús.
Fui a diversos países da Europa e a muitos jogos de futebol no Velho Continente. No Brasil sempre fui rato de arquibancada, e não apenas do meu time. Nunca havia ido a uma partida na Argentina, porém. E me surpreendi de maneira impressionante.
Os pontepretanos deram um show no Pacaembu e foram em peso a Buenos Aires. Mais de quatro mil marcaram presença nas ruas da cidade e acompanharam o time no estádio Néstor Díaz Pérez. Prova de amor incondicional, de uma torcida que sofre por um título importante há mais de um século.
Reuters
E vi, principalmente, os fanáticos do Lanús lotarem o palco da final da Copa Sul-Americana. E não apenas o palco, porque as ruas ao redor da cancha estavam tomadas desde as quatro da tarde, sendo que a bola rolou somente às nove da noite.
Eu já sabia de toda paixão do argentino por seus times, mas presenciar de perto isso é diferente. O Lanús é um club de barrio, como eles dizem, pequeno. Lanús é um município na grande Buenos Aires, e lá todos torcem para o clube local. Assim como em outras regiões da província.
A festa deles antes, durante e depois da vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta foi impressionante. Impressionante de verdade. Os próprios jornalistas argentinos, ao meu lado, mostravam cara de espanto com o que estava acontecendo.
Com as imagens abaixo, consegui captar um pouco disso, mas sem o fervor do momento. Isso só é possível olhando nos rostos de todos que estiveram no estádio. Rostos apaixonados por um time de futebol. Emocionante demais.