sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Em qualquer campo, a Ponte Preta da Sul-Americana é forte e merece respeito

Gazeta Press
Uendel marcou o terceiro gol e aumentou a vantagem da Ponte Preta na semifinal da Copa Sul-Americana
Uendel foi o destaque da Ponte Preta, voando pela esquerda.
O São Paulo foi superior no Morumbi enquanto controlou a posse de bola no ritmo de Paulo Henrique Ganso, autor do gol que abriu o placar, e a Ponte Preta se intimidou com a postura que deve levar o time ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Mas a competição era a Copa Sul-Americana. Nela, o time de Campinas comandado por Jorginho eliminou o Velez Sarsfield com autoridade na Argentina.

Bastou passar a trabalhar a bola e fazer valer a superioridade numérica no meio-campo com a execução do 4-3-1-2 para a Ponte se impor e explorar o lado esquerdo com Uendel e Rildo levando vantagem seguidamente sobre Paulo Miranda, que sofria sem o auxílio de Ademilson na recomposição. Assim saiu o empate ainda na primeira etapa: jogada de Uendel, gol contra de Antonio Carlos.

Olho Tático
São Paulo se impôs no ritmo de Ganso até a Ponte, no 4-3-1-2, fazer valer sua superioridade numérica no meio-campo e atacar pela esquerda.
São Paulo se impôs no ritmo de Ganso até a Ponte, no 4-3-1-2, fazer valer sua superioridade numérica no meio-campo e atacar pela esquerda.
Muricy Ramalho trocou o apenas esforçado Lucas Evangelista por Wellington após o intervalo, "espelhando" o desenho tático do adversário. A surpresa, porém, foi que o encaixe na marcação fez o time visitante se impor tecnicamente. Toque de bola no ritmo de Fernando Bob e Elias, a mesma força pela esquerda e, à direita, Fellipe Bastos marcando e abrindo o corredor para Artur.

Para completar, força na bola parada. Escanteio, cabeçada de Rildo e gol de Leonardo no rebote. O suficiente para Muricy mandar a campo Luis Fabiano no lugar de Maicon para fazer companhia a Aloisio na frente. Ademilson aberto à direita e Reinaldo liberado para descer pela esquerda.

Mas deixou o lado direito da defesa novamente desguarnecido. A Ponte se fechou com duas linhas de quatro: Rildo recuava à esquerda e fechava com Fellipe Bastos, Baraka e Fernando Bob. Mas a equipe não deixou de atacar. Elias, solto, serviu Uendel, que chutou e a bola desviou em Wellington para sair do alcance de Ceni.

Olho Tático
São Paulo buscou a pressão com Luis Fabiano e Aloisio na área da Ponte, mas o time campineiro segui organizado e matou o jogo pela esquerda com Uendel
São Paulo buscou a pressão com Luis Fabiano e Aloisio na área da Ponte, mas o time campineiro segui organizado e matou o jogo pela esquerda com Uendel
No desespero, o São Paulo partiu para o "abafa". Cruzou vinte bolas na área do oponente e finalizou 21 vezes, mas apenas seis na direção da meta. No final, Artur salvou gol certo de Wellinton, que entrara na vaga de Ademilson.

Roberto também impediu a reação pegando cabeçada de Luis Fabiano. Lesionado, deu lugar a Edson Bastos. A terceira mudança de Jorginho, após trocar Fellipe Bastos e Leonardo por Chiquinho e Magal. O suficiente para administrar um triunfo histórico.

A Ponte Preta da Sul-Americana é forte e merece respeito. O atual campeão do torneio, que se preocupou tanto com o mando de campo do jogo da volta, pode ter perdido a chance do bi em seu estádio. Em Mogi Mirim ou qualquer cidade, o time campineiro está mais perto da inédita decisão continental.