sábado, 6 de julho de 2013

'Espero ficar mais calmo', diz Murray sobre 2ª final

Londres (Inglaterra) - Disputar a final de Wimbledon não é mais uma experiência nova para Andy Murray. O britânico, que perdeu para Roger Federer na última temporada, espera que seu nervosismo seja menor desta vez, contra Novak Djokovic. Na semifinal, Murray derrotou de virada o polonês Jerzy Janowicz por 6/7 (2-7), 6/4, 6/4 e 6/3.
"Não saí daquela final duvidando de mim mesmo, eu estava sem arrependimentos. Mas agora acho que estou em um lugar mentalmente melhor, porque já passei por isso e ganhei um Slam. Espero ficar mais calmo", afirmou o número 2 do mundo. "Eu aprendi muito com ano passado e o que mais importa é como agora eu sei a maneira de jogar para ganhar jogos decisivos".
Apesar de já ter vencido o US Open, Murray reconhece que triunfar em casa seria mais especial. "Ganhar Wimbledon é uma conquista enorme para qualquer jogador. Quando venci o primeiro Slam, depois de perder tantos, acho que nada supera aquele alívio. Mas ser campeão aqui é o máximo do esporte", comentou.
Mesmo assim, Murray não quer comparar a possível sensação de um título de Wimbledon com os Jogos de Londres. "Acho que não sentirei nunca a mesma coisa que nas Olimpíadas. Não vou ter a chance de ganhar o ouro em casa de novo e nada superará isso. Mas não acho que isso traga mais ou menos pressão para domingo".
Murray também comentou a decisão da direção do torneio de fechar o teto antes do quarto set, algo que irritou bastante o britânico em quadra. "Estava com o momento, ainda havia luz. Era 20h40, então havia pelo menos 45 minutos para jogar. Quando voltei para a quadra, não estava bravo. Foi frustrante no momento, mas ainda tinha um trabalho a fazer e felizmente consegui", ressaltou.
Durante a pausa, Murray viu Janowicz encarar a situação com tranquilidade. "Tomei uma ducha e voltei a aquecer. Ele estava no telefone com alguém, parecia tão relaxado, e estava na semifinal de Wimbledon. Mas é o jeito dele", disse. "Ele tem talento e é imprevisível. Tem um ótimo saque e isso tira um pouco do ritmo. O primeiro set foi duro. Tive algumas chances, ele fez grandes golpes e embalou, mas consegui virar o jogo".
Sobre Djokovic, Murray revelou que já foi mais amigo do sérvio do que hoje. "Novak e eu temos uma amizade profissional. Nós conversamos bastante sobre tênis, mas agora é só isso. Antes, éramos mais próximos. Espero que, quando pararmos, seja diferente. É difícil fazer grandes partidas com muita coisa em jogo e ainda ser melhor amigo dessa pessoa". Djokovic e Murray disputaram três finais de Slam, com duas vitórias do líder do ranking.