"Em relação às faltas, eu vejo isso como uma coisa positiva. Pois desde a entrada de Felipão na seleção brasileira, em jogos anteriores, nos amistosos, acabamos sofrendo alguns gols de contra-ataque. E uma coisa que ele pedia para a gente é parar a jogada (...)". A frase do goleiro Júlio César (veja o vídeo abaixo) reforça um dos conceitos que caracterizam o técnico Luiz Felipe Scolari.
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Copa das Confederações
Faltas na fase de grupos:
Brasil 68
Uruguai 49
México 48
Itália 47
Japão 42
Nigéria 38
Espanha 32
Taiti 18
Faltas na fase de grupos:
Brasil 68
Uruguai 49
México 48
Itália 47
Japão 42
Nigéria 38
Espanha 32
Taiti 18
Fonte: Footstats
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Demitido do Palmeiras em 13 de setembro, após derrota para o Vasco por 3 a 1, ele deixou o Palmeiras apenas em 10º no ranking dos times mais faltosos em 24 rodadas do último campeonato brasileiro — 18,7 por partida. E na zona do rebaixamento. Ou seja, a equipe sequer cometia tantas faltas e os resultados foram ruins. A atual média, com a seleção que venceu seus três jogos no certame, é de 22,6. A marca da Espanha é de apenas 10,6.
Meses antes de sair do comando alviverde, na Copa do Brasil o time de Scolari foi campeão e o que mais infrações acumulou, 21,5 por peleja. Mais faltas e resultados bons. No Brasileirão de 2011, o Palmeiras ficou em 11º e ocupou o terceiro lugar entre os times faltosos — média de 19,7. E não se assustou com a possibilidade de rebaixamento, que se concretizaria um ano depois.
Como disse Júlio César, as faltas fazem parte da estratégia do técnico. É o repertório de Felipão. E elas são do jogo, é evidente. Nem por isso deixa de ser curioso ver o Brasil, conhecido pela técnica, pela habilidade de seus jogadores, depender tanto delas. Ainda mais numa seleção, ou seja, num grupo no qual o técnico escolhe seus atletas. E Neymar tem se mostrado um bom aluno como o mais faltoso da competição até aqui. Quem diria?