Amigos, escrevi este texto usando como base um post que fiz em março deste ano. Como aquele livro que completamos com atualizações em novas edições, chegou a hora de acompanhar: Adriano no Divã, 2ª edição.
Um jogador de 31 anos, 48 partidas e 27 gols com a camisa da seleção brasileira, uma participação em Copa do Mundo em 2006, currículo que registra passagens por Flamengo, Internazionale, Fiorentina, Parma, São Paulo, Roma e Corinthians, inúmeros títulos conquistados e fama de artilheiro com boa forma física para ajudar os times.
Como pode este mesmo jogador não ter clube para trabalhar? Resposta simples se o jogador for Adriano Imperador.
No começo do ano, Adriano decidiu ligar para diretores do Palmeiras, Botafogo, Vasco, Internacional e Santos. A idéia era deixar claro que ele se colocava a disposição para voltar a jogar futebol, fato que não acontece desde o mês de março do ano passado, com a camisa do Corinthians.
Entendo a busca de Adriano, ele querer voltar a jogar é algo importante mas precisamos saber se o desejo é reconstruir a carreira ou apenas ganhar dinheiro para não ter problemas econômicos no futuro.
Adriano ligou e recebeu muitas respostas negativas. Paga pela fama que ele mesmo construiu. Não me refiro aos motivos citados no inicio do texto mas ao fato de Adriano sempre estar envolvido em polêmicas, problemas extra-campo e faltas ao trabalho e treinamentos. Além disso, Adriano não joga com qualidade desde a conquista do campeonato brasileiro de 2009 pelo Flamengo e a disputa da Libertadores da América em 2010 pelo mesmo time carioca. As boas lembranças estão sempre em um passado distante. Junte tudo isso a uma falta de credibilidade com os clubes. Toda vez que alguém levanta o nome de Adriano, decide colocar cláusulas no contrato protegendo o clube das faltas e atrasos do jogador.
Não vou entrar no mérito se ele escolhe bem as amizades, cada um julga o que acha que é melhor para sua vida. O único problema é que antigamente, Adriano se garantia em campo mas fracassou nas últimas passagens por Roma, Corinthians e Flamengo, seu último clube que ele deixou no ano passado sem atuar sequer uma partida.
No começo do ano, ouvi de diretores do Palmeiras que o clube só negociaria com Adriano se ele estivesse bem fisica e psicologicamente. Esta dúvida deve pesar muito para o jogador, ou melhor, hoje um ex-jogador. Só não podemos esquecer que antes de tudo isso, tem um ser humano que precisa de ajuda mas o primeiro a aceitar e/ou pedir mudanças tem que ser o próprio Adriano.
O último capítulo desta triste tentativa de volta ao futebol aconteceu ontem, com o fim das negociações com o Internacional. O sonho ficou pelo caminho, não passou por exames médicos e alta pedida salarial.
"Quem convive ou já esteve ao lado de Adriano sabe que ele só faz mal para ele mesmo, não prejudica os outros, não atrapalha os outros jogadores. Eu tenho medo do futuro dele, de algo trágico acontecer como ocorreu com o Almir Pernambuquinho (morto após uma confusão na porta de um bar)", frases de um diretor de futebol que já trabalhou com Adriano.
Torço para o Adriano voltar a ser um grande jogador. Técnica e talento ele tinha para fazer tudo o que foi citado também no inicio do texto, por isso, ganhou o apelido de Imperador mas quando refletimos, chegamos a conclusão de que as boas noticias de Adriano estão no passado, misturadas com algumas confusões. O presente mostra que aquele "atacante-solução" virou problema. O futuro ele pode construir de uma maneira diferente para o ser humano e jogador de futebol, só depende dele....Será que ele ainda merece uma chance?

Espero que tenham gostado, me sinto honrado de poder trocar idéias com vocês através do blog. Acompanhem mais pelo twitter: www.twitter.com/dumeneses

Getty/Arte/ESPN
Era uma vez uma Imperador chamado Adriano...Será que volta?
Era uma vez uma Imperador chamado Adriano...Será que volta?