terça-feira, 30 de abril de 2013

E as semifinais estão salvas...


A turma da FPF respira tranquila, porque as semifinais do Paulista estão salvas, pelo menos no que se refere a público, rivalidade e tradição. Depois de uma fase de classificação sem graça, três dos principais times do Estado continuam na briga pelo título. Primeiro, foi o Santos, ao se garantir no sábado nos pênaltis sobre o Palmeiras. O Corinthians passeou na tarde de ontem, com os 4 a 0 na Ponte, enquanto o São Paulo teve dificuldade à noite, diante do Penapolense. Mas seguem em frente e se enfrentam. O patinho feio desse quarteto é o Mogi Mirim, que entra animado para alegrar a festa e sem medo dos tubarões da bola (ops, o Peixe...).
O Corinthians foi redundante em Campinas, ao esbanjar as rotineiras eficiência, regularidade e paciência, aliadas à qualidade individual da maioria dos titulares. Essas características funcionaram em grandes momentos, na história recente do clube - Brasileiro de 2011, Libertadores e Mundial do ano passado -, e voltaram a ser decisivas no duelo pelas quartas de final.
A Ponte esteve melhor em parte do primeiro tempo. Com marcação intensa, não dava espaço para o Corinthians respirar, colocar a bola no chão, trocar passes ou ir ao ataque. Alessandro e Fábio Santos não passavam das laterais, Guerrero e Emerson ficavam isolados à frente, Paulinho, Danilo e Romarinho eram cercados por dois ou três em cada tentativa de organizar o meio-campo. E o goleiro Danilo levou sustos.
Um panorama coerente com o que a Ponte havia apresentado na outra fase, com as 10 vitórias, 8 empates, uma derrota e defesa das menos vazadas. Retrospecto que começou a virar pó diante dos campeões mundiais com pouco mais de meia hora de jogo. A estrutura ruiu aos 32, com um chute enviesado de Guerrero, da entrada da área, que o Edson Bastos rebateu para dentro da área. Romarinho pegou o rebote e fez.
As diferenças entre as equipes ficaram nítidas dali em diante. O Corinthians encorpou e se valeu do talento para aumentar a vantagem, com o gol de Emerson. A Ponte sentiu o baque, foi para o intervalo com os 2 a 0 nas costas e com a sensação da eliminação.
Que se consolidou no pênalti mal marcado por Raphael Claus em Emerson, aos 10 minutos. Guerrero marcou o terceiro e colocou a Ponte nas cordas. A situação para os anfitriões só piorou, com a correta expulsão de Baraka. O jogo virou treino até Pato marcar o quarto e mais bonito gol. Missão cumprida, antes do desafio contra o Boca Juniors no caminho do bi da América.
O São Paulo não seguiu script semelhante ao do rival. Embora tivesse feito a melhor campanha, suou frio diante de um Penapolense brigador. No primeiro tempo, jogou futebol tão estranho quanto o uniforme vermelho com que entrou em campo. A camisa parecia ter sido tingida por corantes que a moçada usava, nos anos 1970, para renovar o vestuário sem ter de gastar dinheiro. Um desastre, que felizmente sai de cena após uma aparição apenas.
O São Paulo dominou, empurrou o time de Penápolis para o campo dele, e pecou nas finalizações. Foram poucas, sem perigo para Marcelo. Defeitos que provocaram calafrios na torcida na Libertadores.
O Penapolense se empolgou com a possibilidade de se transformar na zebra da competição, foi pra cima no segundo tempo, assustou um bocado. Demorou para o São Paulo acordar. Quando isso aconteceu, Luis Fabiano mandou duas bolas na trave e Jailton fez o gol contra, após jogada de Osvaldo. No finalzinho, ainda levou sufoco dos visitantes. Agora, tem mais um capítulo contra o Atlético Mineiro na saga continental.
Pressão pro 'professor'. A rivalidade no Sul é acirrada, e como! O Inter está na final do segundo turno do Campeonato Gaúcho e, se bater o Juventude (que eliminou o Grêmio nos pênaltis), fica com o tri estadual, pois venceu a etapa anterior. Com isso, sobe o prestígio de Dunga e aumentam cobranças sobre Vanderlei Luxemburgo, que terá na Libertadores a definição do futuro.