terça-feira, 13 de novembro de 2012

Venceu o Fluminense, com o sangue do vigor... Camisa grená é metáfora da transformação

O verso mais famoso do hino composto por Lamartine Babo entre os três que identificam as três cores é o que se refere ao verde.

Vence o Fluminense,
com o verde da esperança,
pois quem espera sempre alcança,
clube que orgulha o Brasil
retumbante de glórias
e vitórias mil.
Mas há outras duas estrofes menos conhecidas sobre o branco, da fidalguia, e o grená, do vigor.
De certa maneira, o uso inédito da camisa inteira grená em jogo que vale título é metáfora da campanha e da transformação do Fluminense.

Não é preciso voltar aos anos 90, ao título da Série C. Retorne mesmo a 2004 ou 2006, campanhas do bloco de baixo. Hoje é preciso puxar pela memória para se referir aos tempos em que o Fluminense não disputava títulos. De 2007 para cá, é fácil enumerar: Copa do Brasil, vice da Libertadores, vice da Sul-Americana, campeão brasileiro, terceiro lugar do Brasileirão, campeão carioca, campeão brasileiro pela quarta vez, somando a essa lista o Robertão de 1970.

O Fluminense se transformou.
Em parte, porque melhorou sua relação com a Unimed, desde o final do mandato de Roberto Horcades, mas principalmente na gestão de Peter Siemsem. A Unimed colocava o dinheiro também em 2004. O Flu é que não sabia administrá-lo, o que produzia conflitos entre jogadores com salários em dia e outros atrasados, uns assalariados da patrocinadora, outros do próprio clube.

O reflexo é a mais impressionante campanha dos pontos corridos, empatada com a do São Paulo de 2007. O melhor ataque, como o Brasileirão não tinha no campeão desde 2007. Mas também a melhor defesa, o maior número de vitórias, o menor número de derrotas, 38 pontos somados em casa, 38 pontos como visitante.

O Fluminense é mais vigor do que esperança.
Foi campeão de grená, em vez da tradicional camisa tricolor.

Vence o Fluminense,
como sangue do encarnado
com amor e com vigor.
faz a torcida querida
vibrar com emoção...
Tetracampeão...