terça-feira, 13 de novembro de 2012

Com Abel, Flu mostra evolução tática. Árabes "impediram" os três títulos consecutivos

Você sabia que neste Campeonato Brasileiro Wellington Nem e Rafael Sóbis desarmam até melhor do que os volantes Edinho e Jean? E que no ano passado Liédson e William eram os homens que mais roubavam a bola no campo de ataque? 

Como o Corinthians de 2011, o Fluminense de 2012 mostra evolução do futebol jogado no Brasil. Equipes que saem do lugar comum e jogam de forma eficiente, pouco se importando com a visão romântica dos que esperam um jogo dos sonhos.

Nada contra um futebol espetacular, mas esse só se apresenta quando ocorre a reunião de vários talentos que se entendem, se entrosam sob o comando de um bom técnico. É raro, nem sempre possível e nada necessário para quem tenta dar ao seu torcedor aquilo que mais deseja: o título.

Desarmes certos (em %)
Edinho - 83,5
Jean - 73,8
Wellington Nem - 89,5
Rafael Sóbis - 93,8

O Fluminense tem zagueiros questionados, que integram a melhor defesa do certame. Jogam protegidos, como o trio de "beques" do São Paulo tricampeão em 2006/2007/2008 e os corintianos de 2011. Proteção iniciada quando a turma lá da frente também marca, participa. Isso não era comum por aqui, mas começa a ficar.

Como Tite no ano passado, Abel Braga tem muitos méritos por conseguir fazer seu time jogar como se deve. Isso não significa a perfeição. Houve muitos momentos de exposição da defesa tricolor, o que permitiu a Diego Cavalieri se tornar personagem vital da conquista. O time pode, e deve, melhorar nesse quesito.

E também é possível esperar mais futebol bonito, o que depende de maior assiduidade do experiente e lúcido Deco e de um melhor momento do talentoso Thiago Neves. Claro que o time de Abel também pode crescer nesse aspecto, deve ser uma de suas preocupações para 2013.

O técnico voltou ao Fluminense durante o primeiro turno do Brasileiro de 2011. Perdeu quatro das seis primeiras partidas sob seu comando, mas o time foi o melhor do returno, brigando pelo título até a penúltima rodada e chegando à Copa Libertadores.

Não fosse a fraca colocação na primeira metade do campeonato (11º), hoje os tricolores estariam comemorando o tri. Bastaria Abel voltar antes ao Fluminense. Mas o Al Jazira não deixou... Com ele os tricolores poderiam ter três títulos seguidos. Não têm. A "culpa" deve ser dos árabes.


Reprodução da TV
Deivid é pressionado no campo de defesa do Coritiba. Perde a bola e sai um dos gols do Fluminense
Flu x Coritiba: Deivid é pressionado por cinco adversários ainda no campo de defesa. É desarmado e na sequência sairia o primeiro gol da vitória por 2 a 1