segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Seedorf, Lucas e Corinthians, sim. Arbitragem, não

Tantos são os assuntos que acenam para o comentarista neste começo de semana que beira as fronteiras do pecado se falar de arbitragem. Um deles, as lágrimas de Seedorf ao deixar campo no primeiro tempo do jogo com o Atlético Goianiense, preocupado com a possibilidade de sua contusão o impedir de continuar ajudando o Botafogo neste final de campeonato. Isso, num jovens aspirante a craque, já seria exemplar. Num veterano bem sucedido, é admirável.

Outro assunto, o brilho de Lucas. Não só pelos três gols contra o Sport, mas por tudo que vem fazendo em seus últimos dias de São Paulo. Até agora não sei por que Lucas ainda não garantiu lugar na seleção de Mano Menezes, quem sabe ao lado de Oscar, Neimar e, talvez, Kaká, num quarteto dos sonhos dos fãs do futebol técnico acima de tudo.

Outro mais, o Corinthians mandar a campo a formação mais próxima daquela que vai decidir o título mundial no Japão. Continuo achando que os clubes brasileiros, o Corinthians principalmente, erram em pôr em segundo plano o Campeonato Brasileiro, mesmo que em benefício de competições “mais importantes” como a Libertadores. O Corinthians chega à 34ª rodada 22 pontos atrás do líder, o Fluminense. Imaginem se, com time completo, tivesse conseguido melhores resultados em seis ou sete dos 22 jogos que não venceu, dois deles contra o próprio Fluminense...

É por isso que pega mal falar de arbitragem. Ou seja, do árbitro e auxiliares que não viram a mão boba de Barcos, eles que são pagos para ver, tem a obrigação de ver, estão ali para ver. E, mais, do intruso que, travestido de delegado, acertou errando. Coisa complicada, esta, da arbitragem no Brasil.

Independente desse quiproquó, o fato é que está cada vez mais difícil torcer para o Palmeiras sair dessa.