terça-feira, 20 de março de 2012

Na Lei da Copa, cerveja ainda é questão de soberania nacional. Beberam?

 deputado federal Gilmar Tatto, do PT, afirmou à rádio Estadão ESPN que a Lei Geral da Copa será aprovada e sua expectativa é que isso ocorra ainda nesta semana. Na entrevista, relatou a dificuldade do acordo, o que relata parte do fiasco da articulação do governo, especialmente em aceitar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios no período do Mundial.

Essa é só uma parte do fracasso. Há outra muito mais grave: ninguém se lembra como e por que a cerveja foi proibida nosm estádios.

Até a final da Supercopa São Paulo de Futebol Júnior de 1995, marcada pela morte do são-paulino Márcio Gasparim, a cerveja era permitida em todo o território nacional.
A morte causou a proibição da entrada nos estádios das bandeiras, torcidas uniformizadas e bebidas alcoólicas. Dezessete anos depois, as torcidas voltaram. Cerveja e bandeiras, não.

A violência, e principalmente a sensação de que ela existe, também não desapareceram. O meu prazer de ir ao estádio agora é risco de vida e não é porque se bebe cerveja na arquibancada. Não se bebe.

Você sabia que, apesar disso tudo, a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios do Brasil inteiro, fora São Paulo, só se deu em 25 de abril de 2008. Apesar de haver artigo no Estatuto de Torcedor desde 2003, só nesse dia Ricardo Teixeira determinou que não mais se vendesse cerveja dentro dos estádios.

Na discussão no Congresso sobre a liberação da venda de cerveja dentros dos estádios, excepcionalmente durantes a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014, provavelmente nenhum deputado sabe disso tudo.

Não se pode vender cerveja nos estádios, sabe por quê?
Ora, porque não pode.
No fundo, é só por causa disso mesmo.
Não pode cerveja, mas violência pode.

Bebeu?