terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O tabu de Felipão


Luiz Felipe não ganha um título desde que o Brasil foi campeão do mundo, em 2002, mas fez trabalhos importantes de lá para cá. Por exemplo, levou Portugal à semifinal da Copa do Mundo. Nos estaduais, o tabu não tem meio termo. Felipão não ganha desde o Gauchão de 1996. Nunca foi campeão paulista e disputou o torneio quatro vezes. Não ganhou o título mineiro que disputou em 2001.
Campeão gáucho pelo Grêmio em 1987, 1995 e 1996, conquistou o segundo desses títulos jogando com o time reserva. Anunciou que jogaria o Grenal decisivo com apenas três titulares. Escalou outros três, mas venceu a final com cinco suplentes. Aquele Grêmio dependia de bolas paradas, como o Palmeiras de hoje.
Na estreia do Paulistão 2012, que pode quebrar o tabu de Felipão, o time fez 1 a 0 em escanteio cobrado por Marcos Assunção, para variar. Sofreu o empate de pênalti. E fez 2 a 1 graças à boa jogada de Valdivia.
No tempo em que era campeão estadual e usava o banguzinho - gíria gaúcha para descrever o time aspirante - Felipão era o paizão. Ano passado, um dos maiores problemas do Palmeiras foi a crise do vestiário. Em consequência dela, má vontade nos treinos, mal futebol.
A situação melhorou depois da contratação de César Sampaio para diretor de futebol. Essa paz pode representar bom futebol de Valdivia e um time que, consequentemente, dependa menos das bolas paradas. Ganhar em Bragança Paulista, onde historicamente o Palmeiras se dá mal, pode ser sinal de um ano melhor. O futebol da estreia, ao menos, foi bem mais sólido. A questão é se será, nos próximos jogos, para quebrar o longo tabu de 15 anos de Felipão.