quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

semifinal era para vencer e administrar. Mas não precisava de sustos



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O golaço de Neymar, aos 18 do primeiro tempo, relaxou o Santos depois de 15 minutos de erros de passe no meio-de-campo e firulas inúteis da Joia da Vila. A partir daí e, na verdade, minutos antes, o Santos teve a bola no campo de ataque contra o Kashiwa Reysol. Na maior parte do jogo, não. O Santos não atuou bem na estreia no Mundial e quem pensou ver Neymar e Ganso viu o lateral-direito como melhor homem em campo.

Três minutos depois do gol de Neymar, Borges virou em cima do zagueiro Masushima e fez 2 x 0. Senha para administrar a vantagem.
Nem vale dizer dos vacilos da inocente defesa do Kashiwa. A entrada seca do volante Otani, que pediu para levar o drible de Neymar no primeiro gol, os olhos arreglados de Masushima sobre Borges, que assistiu assustado e não deu combate.
A semifinal do Mundial era para ser vencida e depois administrada. Essas duas partes, o Santos fez. Não precisava era levar alguns sustos. Levou-os.

Parte deles em arrancadas do lateral-direito Sakai no setor de Durval. A lateral-esquerda não tem Léo para ser mais segura. Em vez disso, ficou mais lenta.
Contra o Barcelona, será preciso marcar forte e jogar quando tiver a bola. Então, não será permitido errar passes. Ganso e Elano terão de fazer a ligação meio-de-campo com o ataque com mais precisão.

É claro que a vantagem por 2 x 0 fez o Santos jogar em banho-maria a partir disso. Mas é impossível esquecer que o time também não jogou bem antes de fazer 1 x 0.
Mas pode jogar mais contra o Barcelona ou contra o Al Sad, no domingo. É fato também que vários campeões mundiais sofreram mais do que o Santos na semifinal. O São Paulo venceu o Al Ittihad por 3 x 2, em 2005. O Inter ganhou do Al Ahli por 1 x 0, em 2006. O Milan só foi capaz de ganhar do Urawa Red Diamonds por 1 x 0. Tudo isso deve ser lembrado.

Se for contra o Barça, o Santos terá que jogar mais para tentar equilibrar contra o melhor time do mundo e tentar vencer o jogo.
Terá que jogar mais até para sair com derrota honrosa. O domingo não é dia de administrar, mas de fazer história.