quarta-feira, 22 de junho de 2011

Júlio César diz que falha da Copa está 'cicatrizada', não aponta culpado e lamenta por Dunga

Assim como aconteceu durante a Copa do Mundo da África do Sul, a seleção brasileira iniciou sua preparação para a Copa América da Argentina, nesta quarta-feira, com uma entrevista coletiva tripla que contou com os goleiros Júlio César, Victor e Jefferson. Apesar de o grupo pensar na disputa continental, o titular do Brasil no Mundial de 2010 foi questionado sobre sua falha no fatídico duelo diante da Holanda, pelas quartas de final.

“É inevitável você pensar. Mas isso já está cicatrizado, já passou, é uma nova comissão técnica e um novo grupo”, comentou Júlio. “Ganhando a Copa América, tudo se renova. Vai ser muito importante, não só para mim, mas para todos os jogadores que estão sendo convocados, independentemente de terem jogado a Copa ou não. Essa é a minha sensação, de estar realmente revivendo tudo aquilo. Mas, em relação à Copa do Mundo, está tudo cicatrizado, graças a Deus.”

O goleiro da Internazionale classificou o lance diante dos holandeses como o pior momento de sua vida profissional, mas preferiu não apontar nenhum culpado e exaltou o trabalho do ex-treinador da seleção, Dunga. “Claro que na Copa do Mundo passei pelo momento mais difícil da minha carreira, mas neste momento um jogador tem que ter equilíbrio emocional e muita confiança em si próprio. Saber que não é uma falha ou outra que vai apagar todo o histórico. Eu busquei força nisso”, disse.

Goleiro da Internazionale voltou a falar sobre a falha na África do Sul
Goleiro da Internazionale voltou a falar sobre a falha na África do Sul
Crédito da imagem: Agência Estado
“Aquele foi um lance realmente que to cicatrizado, mas não deixo de pensar de vez em quando. Isso é fato. O que aconteceu naquele lance foi uma bola que dois jogadores foram na mesma bola, o Felipe Melo não me ouviu, e naquele momento era difícil e tinha as vuvuzelas e um monte de coisa, e eu acabei errando a bola e dividi com ele no alto. Acontece”, continuou Júlio César. “O que eu mais senti naquele momento foi que a minha equipe sentiu aquele gol. A equipe estava muito bem no jogo. Foi uma bola morta em que dois jogadores foram. Eu não gosto de apontar um culpado. Quando se perde, tem que encontrar sempre um culpado.”

“Naquela Copa, respeitando o Mano, que hoje é o treinador da seleção, o Dunga conseguiu montar uma seleção em que todas as cabeças pensavam da mesma maneira. Isso é importante dentro de um grupo”, finalizou o goleiro do Brasil. “Saíamos em um jogo em que a seleção jogou melhor, no meu ponto de vista. Acho que aquele grupo merecia viver o ambiente da final.”