A briga de Felipão com a DIS pode interferir no futuro de 20 jogadores da empresa que atuam no Palmeiras. A maioria nas categorias de base.
Ainda hoje, representantes do braço esportivo do Grupo Sonda terão uma reunião com o vice de futebol Roberto Frizzo para definir o destino desses atletas. A empresa quer uma definição clara se o clube está do lado dela ou pensa como o técnico. Pensar como o treinador significa considerar a DIS maléfica ao Palmeiras. Nesse caso, na visão da parceira, seria coerente o clube facilitar a saída dos 20 atletas.
Caso a diretoria não concorde com o treinador, a DIS espera que o técnico seja orientado pelos dirigentes a não atacar mais a empresa. Não ter mais a sua imagem arranhada por Felipão parece ser o que mais interessa à empresa. Transferir 20 jogadores não seria uma operação simples, apesar de a DIS afirmar que tem onde encaixar todos.
Além de Tinga e Vinícius, a empresa tem apenas Gabriel Silva no time principal. Tinga, dificilmente voltará a jogar pelo clube, segundo a DIS.
Caso a diretoria não garanta o silêncio de Felipão, funcionários do Grupo Sonda devem esticar a guerra com o treinador pela imprensa. Delcir Sonda deu o sinal verde para os ataques na manhã desta terça.
Já houve desdobramento político. A ala do ex-presidente Mustafá Contursi apoia Felipão. Afirma que o treinador defendeu os interesses do clube, assumindo um papel que deveria ser da diretoria. Aliados do ex-presidente declaram que ele define a situação com a seguinte frase: “No Palmeiras, a mortadela está mordendo a máquina de fatiar”, queixando-se da inversão de papel entre diretoria e técnico.
