quarta-feira, 4 de maio de 2011

Corintianos se irritam com ministro e aliança por estádio fica abalada

Desde o início do projeto de Itaquera, o Corinthians teve no ministro do Esporte um forte aliado. Orlando Silva Júnior até assinou como testemunha o protocolo de intenções entre o clube e a Odebrecht. Foi um ato simbólico de apoio do Governo Federal.
Mas a aliança perdeu força nos últimos dias. Na segunda-feira, Orlando ironizou notícia sobre o início das obras do estádio corintiano estar prestes a acontecer. Disse que ouve isso faz tempo e calculou ser impossível a arena ficar pronta para a Copa das Confederações.
A declaração irritou os corintianos, ainda que não queiram responder publicamente ao ministro. Os alvinegros já disseram em outras ocasiões, longe dos microfones, que não acreditam ser possível entregar o estádio para a Copa das Confederações. Mas avaliam que foi desnecessário o cutucão do ministro.
Enxergaram um tom político na declaração. Argumentam que perder a Copa das Confederações seria um golpe para PSDB, do Governador Geraldo Alckmin, e PSD, do prefeito Gilberto Kassab.  Os dois partidos são adversários do PC do B, do ministro, e do PT.
Além disso, o fracasso de São Paulo na busca pela Copa das Confederações poderia ajudar Brasília na disputa pela abertura do Mundial. E o Distrito Federal é governado por Agnelo Queiroz, do PT e com quem Orlando trabalhou quando o colega era ministro do Esporte.
Na era Lula, para evitar uma crise com o ministério bastaria Andrés Sanchez dar um telefonema para o presidente. Mas ele não tem a mesma facilidade para falar com Dilma Rousseff. A situação não está sob controle.