terça-feira, 22 de março de 2011

Seleções europeias acertam venda coletiva para TVs. E o Brasil na contramão...

A Uefa anunciou nesta terça-feira um acordo com as 53 federações filiadas para a venda coletiva dos direitos de transmissão dos jogos válidos por Eliminatórias a partir de 2014.

Os classificatórios para a Eurocopa de 2016 e para a Copa do Mundo de 2018 serão negociados em um pacote único. Pelo modelo atual, cada federação negocia individualmente os direitos de seus jogos em casa.

Todo mundo sai ganhando. Para as federações mais importantes, o crescimento do bolo vai significar uma fatia maior.

Segundo esta reportagem do Guardian, o acordo fechado com a Uefa garantirá à federação inglesa (FA) um mínimo de 25 milhões de libras (cerca de R$ 68 milhões) por ano.

Uma ressalva: por outro lado, a FA terá de negociar separadamente a Copa da Inglaterra, que tinha seu valor de mercado maximizado pela venda casada com os jogos da seleção.

As federações menores deixarão de depender apenas de um sorteio favorável - precisavam enfrentar seleções expressivas para lucrar mais com os direitos.

"As federações poderão se concentrar apenas no futebol, sem ter de se preocupar com o que o sorteio pode trazer, e se o resultado dele será favorável ou não em termos de direitos de TV", explicou Michel Platini, presidente da Uefa.

A venda coletiva para as seleções segue o que já é feito com os clubes, na maioria das ligas de ponta da Europa. A Espanha, com seu desnivelado campeonato, é a exceção.

Enquanto isso, o Brasil caminha na contramão e tem seus times rachados em uma disputa cheia de motivações políticas e escassa em argumentos administrativos. Estão de parabéns.