quarta-feira, 23 de março de 2011

Revolução à vista: Rio-São Paulo já está no gatilho

Depois que a poeira baixar e o presidente Fabio Koff apagar a luz no Clube dos 13, o ludopédio nacional poderá sofrer uma revolução.

A distribuição dos milhões globais deverá ir muito além da batalha pela renovação dos direitos de TV do Brasileirão 2012/2014.

Comenta-se no meio publicitário que a plim-plim pretende muito mais do que apenas garantir a melhor bola do país na telinha.

No fala que eu te escuto, a ideia de ressuscitar o Rio-São Paulo, com o apoio de um futuro G8 – Flamengo, Corinthians, Vasco, São Paulo, Fluminense, Palmeiras, Botafogo e Santos.

O campo para a bola rolar entre os oito bambambãs ficaria livre com a redução da maratona dos estaduais, cada vez menos interessantes.

De acordo com pesquisa realizada no ano passado, eles são tão emocionantes que ocupam a quarta e última posição (12%) na preferência nacional (depois do bumbum), atrás do Brasileirão (55%), Libertadores (15%) e Copa do Brasil (13%) – 5% preferem críquete, xadrez e outros esportes mais violentos.

À exceção dos clássicos e das finais, o Paulistinha e o Carioquinha atraem mais testemunhas do que torcedores. Mercadologicamente, eles são um desastre.

O Rio-São Paulo seria apenas o pontapé inicial para o retorno de torneios como Sul-Minas, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Todos com mata-mata.

Um tiroteio que também poderá chegar ao Brasileirão. A volta do tira-teima na hora de a onça beber água é um velho sonho de executivos globais para salvar um ibope que já foi supercampeão de audiência.

Mais importante que a técnica, o faturamento. Manda quem pode, obedece quem tem juízo... e cofre vazio. 
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Pica-Pau. Ao recusar um salário superior a R$ 400 mil em troca de 30% dos direitos de imagem e mais um tempo de contrato, Ganso apenas solidificou mais um pouco o sonho de jogar no Milan ou na Inter de Milão. O meia e o grupo DIS, empresa que detém 45% do picadinho do jogador, têm certeza de que o martelo será batido pelo Santos na próxima janela de transferências, em agosto. A multa rescisória de 50 milhões de euros não assusta nem Ganso nem os empresários. Eles acreditam que o valor diminuirá, já que o mar não está para peixe – o Milan já ofereceu 25 milhões de euros. Até lá, Ganso continuará embolsando R$ 130 mil por mês, menos que Neymar, Elano, Edu Dracena, Jonathan, Diogo e Falcão, o craque do futsal.

Sugismundo Freud. A maioria das mulheres se casa com o futebol sem saber.

E o vento levou. Os periquitos em revista rezam dia e noite para 14 de abril demorar a chegar na folhinha. É que nesse dia o clube terá de pagar a insignificância de R$ 14 milhões correspondentes à contratação de Valdivia. Apesar de ser um dos xodós da torcida, o mago chileno deve ser negociado até dezembro. Por falar na saudável situação de penúria do Palmeiras: cansado de esperar por um atacante, Felipão curvou-se à vontade de dirigentes e chamou Lincoln novamente para a concentração. Se não tem tu, vai tu mesmo, moeda de troca.

Twitter. O introvertido Rivaldo voltou com a cabeça mais arejada do Uzbequistão. Ele acredita que se fosse carioca teria a mesma despedida da seleção prometida ao fofo Ronaldo. Cidade Maravilhosa, cheia de UPPs mil...

Filósofo. O presidente da nova-velha diretoria do Corinthians, o rei do riso Andrés Sanchez, é daqueles cartolas que defendem a disciplina até dentro de uma ostra. Ao ser questionado num bate-papo se o samaritano Adriano renderia bons frutos caso fosse contratado, o mandachuva e trovoadas respondeu que bastaria ao Imperador marcar gols, já que não viria para casar com sua filha. Sublime.

Gilete press. Do polêmico Paulo Cézar Caju, no ‘JT’: “Não estou lá dentro, mas tenho ouvido péssimos comentários sobre a postura da dupla Ganso e Neymar. Eles jogam muito, mas ainda não chegaram a lugar nenhum nem são os donos do mundo (...) A diretoria do Santos precisa agir com mão firme.” Ele conhece.

Tititi d’Aline. O meia Alex rasgou os maiores elogios a Guilherme, que assinou com o coirmão da Raposa após consagrar-se como ‘carrasco do Galo’. Atualmente no Fenerbahce, Alex informou que jamais trairia o lado azul.

Você sabia que... a Ponte Preta deve mais de R$ 70 milhões a empresas do presidente do clube, Sérgio Carnielli?

‘Bola de ouro’. Sport. O clube pernambucano respira mais aliviado: pagou uma velha dívida com um pai de santo e agora espera sair da crise. Após a conquista da Copa do Brasil de 2008, a cartolagem havia prometido dar R$ 5 mil ao Pai Carlos para comprar um búfalo ou um boi malhado.

Bola de latão. Mineirinho. O pão de queijo servido no campeonato está tão apetitoso, mas tão apetitoso, que o pessoal do Ipatinga decidiu vender ingresso a R$ 2 e sortear uma moto, 50 litros de combustível, um GPS e um disputado curso para carteira de habilitação.

Bola de lixo. CBF. O criativo Circo Brasileiro de Futebol resolveu um sério problema do torcedor: colocou jogos do Brasileirão às 21 horas de sábado.

Bola sete. “Pode me chamar do que quiser. O mais importante é que estou feliz com ele” (da atriz Nivea Stelman, sobre o love story com o santista Elano – e ponto final).

Dúvida pertinente. A volta do Rio-São Paulo seria uma boa?

O que você achou?
jose.r.malia@espn.com