O Zenit já tem tradição em atos racistas da sua torcida, que simplesmente não admite negros no elenco. Como também são comuns manifestações na Itália, na Espanha, no Brasil e em vários outros países. Há uma repulsa imediata geral, as federações prometem tomar providências e o clube envolvido, sempre escondido atrás da suposta impossibilidade de controlar o ato de grupos de torcedores, volta para casa com uma multa irrisória, talvez algum mando de campo perdido e nada mais. Até que a poeira abaixe e se inicie novamente um ciclo de perseguição e intolerância.
Roberto Carlos foi surpreendido pelo ataque dos torcedores do Zenit
Crédito da imagem: Reprodução/ Sport 812
Crédito da imagem: Reprodução/ Sport 812
Já passou da hora de o racismo ser tratado como o que é, um tumor maligno da sociedade que se manifesta também no futebol. Enquanto não for levada a sério e punida com rigor, a discriminação racial sempre estará à espreita nos estádios.
O correto seria tratar o racismo da mesma forma que se trata o doping. Um atleta flagrado no exame antidoping pega até dois anos de suspensão no primeiro exame positivo e é banido do esporte em caso de reincidência. Por que não fazer o mesmo quanto ao racismo? O jogador que discriminar outro é afastado por dois anos e, se repetir a infração, é proibido de praticar a modalidade profissionalmente. O problema sumiria rapidinho de dentro do gramado.
Para afastá-lo das arquibancadas, mais rigor. Punições progressivas, que comecem com a perda de pontos, passem para o rebaixamento, cheguem à suspensão e, em casos incorrigíveis, culminem com a proibição de disputar torneios profissionais.
É uma solução extrema, mas condizente com ato grave que só faz emporcalhar o esporte. E a Fifa que tome providências logo. Não custa lembrar que Brasil e Rússia, sede das duas próximas Copas do Mundo, são palcos constantes de racismo no futebol. O business dos mundiais (a única coisa quem importa para a Fifa) sofreria um duro golpe com bananas e urros imitando macacos pipocando pelas arquibancadas.