quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Flu tropeça de novo e se complica na Libertadores

Rio - Campeão Brasileiro de 2010, o Fluminense se complicou na fase de grupos da Copa Libertadores da América. Em sua segunda partida no Estádio do Engenhão, logo em duas rodadas de torneio, o clube das Laranjeiras empatou por 0 a 0 com o Nacional-URU e já vê a classificação às oitavas de final do torneio mais distante, especialmente pelo fato de ter apenas mais uma partida dentro do Rio de Janeiro.
Depois de duas rodadas de Libertadores, o Fluminense soma dois pontos, pouco para o atual campeão nacional, um dos favoritos ao título e o clube que mais investiu no País para a temporada. Em contrapartida, o Nacional chegou ao primeiro ponto e retomou o pensamento em uma das duas vagas às oitavas, já que no segundo turno da etapa de grupos receberá a agremiação brasileira.
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A segunda rodada do Grupo 3 será concluída nesta quinta-feira. O América do México, que venceu o Nacional na estreia por 2 a 0, vai a Buenos Aires para encarar o Argentinos Juniors, clube que complicou o Fluminense logo na primeira jornada da competição.
Eliminado nas semifinais da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, pelo modesto Boavista, o Fluminense já aposta todo o foco para a Copa Libertadores. Obrigatoriamente precisando da vitória para se manter vivo na competição, a equipe comandada por Muricy Ramalho volta a campo pelo torneio no próximo dia 2, quando viajará ao México para encarar o forte América.
Por outro lado, o Nacional do Uruguai, depois de um bom resultado no Rio de Janeiro, tentará ressurgir ainda mais forte na competição também no dia 2 de março. Em casa, a equipe de Montevidéu encarará o Argentinos Juniors.
O jogo
Precisando da vitória para amenizar o empate dentro de casa contra o Argentinos Juniors, o Fluminense entrou em campo com uma formação que privilegiava o talento do argentino Darío Conca, eleito em 2010 o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Com apenas Rafael Moura no atacante e Marquinho atuando no meio-campo, o técnico Muricy Ramalho apostava na habilidade do jogador para ter uma opção ofensiva extremamente válida.
E, a princípio, a opção de Muricy Ramalho deu certo. Logo aos 4min, o Fluminense criou uma ótima oportunidade para abrir o marcador. Após cruzamento para a área, a referência Rafael Moura conseguiu vencer o gigante Sebástian Coates, mais conhecido como "Luganito", e colocou a bola rente à trave direita do time uruguaio.
O bom início, no entanto, acabou rapidamente contido pelo maduro clube de Montevidéu. Postado de forma consistente, o Nacional equilibrou o jogo e passou a controlar a posse de bola, embora pouco ameaçasse a meta defendida por Ricardo Berna.
O Fluminense, por outro lado, agia de todas as formas para pressionar a segura defesa uruguaia. Aos 15min, Marquinho ameaçou o gol Leonardo Burián ao chutar perto da trave direita, na última boa oportunidade do clube brasileiro durante a primeira etapa.
Pouco criativo no setor de meio-campo, especialmente em virtude da fraca atuação do meia argentino Darío Conca, o Fluminense retornou à etapa complementar apresentando a mesma formação. Muricy Ramalho, aparentimente satisfeito com o desempenho da equipe, promoveu a primeira alteração somente aos 15min, quando colocou o meia-atacante Tartá na vaga do volante Valencia.
Sem criatividade para ameaçar a defesa uruguaia, o Fluminense se expôs e quase se complicou por este motivo. Aos 25min, Garcia arrancou sozinho e saiu à frente do gol do time carioca ao aproveitar uma falha inacreditável de Leandro Euzébio. O jogador do Nacional ainda teve a tranquilidade de driblar Ricardo Berna, mas isolou na hora de finalizar e perdeu a principal oportunidade do jogo.
Sem inspiração e visivelmente tenso dentro de campo, o Fluminense se desesperou na parte final do duelo. A equipe de Muricy Ramalho levantou constantemente bolas para a área, em busca de Rafael Moura. Entretanto, bem postada, a alta zaga do Nacional, com Coates e Lembo, neutralizou a jogada e segurou um importante empate no Rio de Janeiro