terça-feira, 9 de novembro de 2010

Falta de pontaria: a sina vascaína em 2010

Rio - Primeiro minuto do clássico contra o Fluminense. Jonathan desce pela direita, faz boa jogada e cruza para Nunes. O atacante tenta marcar um golaço com um toque por cima, mas erra a pontaria no lance que poderia ter mudado a história do jogo. O gol perdido é um retrato do que foi o Vasco em 2010. O ataque foi tão ineficiente que os dois artilheiros do elenco no ano já deixaram o clube há meses: Dodô, com 11 gols, e Elton, com nove. O atual artilheiro, terceiro na lista, é Eder Luis, com oito.

Ciente da falta de poder ofensivo da equipe, o técnico PC Gusmão buscou uma formação com três homens na frente contra o Fluminense: Jonathan, Eder Luis e Nunes. O time se adaptou bem e criou muitas oportunidades, mas acabou esbarrando no velho problema das finalizações erradas.

O campeão dos gols perdidos foi Nunes, contratado para ser a referência na frente após a saída dos dois artilheiros. O problema é que em nenhum momento ele se firmou, além de ter convivido com lesões. Seu contrato termina em dezembro e são pequenas as chances de ele permanecer. Nos 13 jogos que disputou, o jogador só marcou três gols e perdeu várias chances claras.

Todo esse panorama mostra por que a prioridade para a próxima temporada é a contratação de um atacante. Esta semana, o diretor de futebol, Rodrigo Caetano, terá uma reunião com a comissão técnica para traçar alguns planos. O encontro começa a definir 2011 mesmo sem que os participantes confirmem se vão seguir no clube no próximo ano.

“Independentemente do que vai acontecer, o trabalho continua até dezembro e temos de planejar. Já estamos vislumbrando alguns nomes, mas nada será definido antes do término do Brasileiro”, afirmou Rodrigo Caetano.

Zé Roberto volta ao time após cumprir suspensão
Já pensando na partida contra o São Paulo, o técnico PC Gusmão vai ter o reforço de Zé Roberto, que volta após cumprir suspensão. A tendência é que o esquema com três atacantes seja mantido e Nunes ganhe uma nova oportunidade.
“Escolhemos o melhor que podíamos, cientes de que ninguém ia ficar sobrecarregado. Faltou só o gol, mas é uma boa opção”, disse PC Gusmão.