terça-feira, 9 de novembro de 2010

Alvo de covardia na opinião de Joel, Jobson não será punido

Direto de Fortaleza - A diretoria do Botafogo descartou ontem qualquer punição ao atacante Jobson, que se envolveu em nova confusão. Depois do jogo de domingo, um torcedor do Avaí registrou na delegacia um boletim de ocorrência, acusando o jogador de mostrar o órgão genital na janela do ônibus que levava a delegação alvinegra do estádio de volta para o hotel. Ontem à noite, na chegada da delegação alvinegra a Fortaleza, o gerente de futebol do clube, Anderson Barros, disse que não viu erros no comportamento do atleta.

A reação do jogador teria sido uma resposta às provocações de torcedores do Avaí, com referências ao envolvimento de Jobson com drogas em 2009.

“O Jobson não vai ser punido pela diretoria do Botafogo, porque não há motivo para isso. Se houve um episódio de maior gravidade na saída dos jogadores, por que aquelas pessoas que estavam ali não chamaram a polícia, que estava presente, na hora? Depois fui à delegacia e toda a imprensa estava lá me esperando. Houve má-fé”, disse Anderson Barros.

Na delegacia, o dirigente tentou esclarecer o incidente. “Mostrei ao delegado que não houve nada. Mostramos que (a denúncia) não tinha procedência. Ficamos duas horas presos num engarrafamento, com o ônibus escoltado pela polícia, num lugar escuro”.
Recebido com carinho pelos torcedores em Fortaleza, Jobson deu a sua versão dos fatos. “Tem gente querendo aparecer. Estava no quarto domingo à noite e os policiais foram ao hotel querendo que eu entrasse na viatura, estão loucos”.

O MARCA.BR apurou que, quando o ônibus passava por uma rua estreita de Florianópolis, praticamente sem policiamento, ao lado de uma barraca de churrasquinho, Jobson foi provocado por torcedores que lhe mostram uma bandeja de farinha e apontaram-na na direção do nariz. Nesse momento, ele teria reagido, fazendo gestos grosseiros e mostrando a bunda. Segundo a versão do clube, como a rua era pouco iluminada e o ônibus tinha vidro escuro, só teria sido possível ver a silhueta do atacante nu, o que causou a controvérsia.

Se a denúncia for aceita pela Delegacia Geral de Florianópolis, Jobson pode ser enquadrado no artigo 233 do Código Penal, por ato obsceno em local público. Se condenado, ele pode pegar até um ano de prisão.
O técnico Joel Santana também defendeu o jogador. “Houve uma grande covardia. Algumas pessoas colocaram talco no braço, insinuando que ele era viciado. Ele não agiu da maneira correta, mas nenhum ser humano consegue ter tanta calma. Foi algo encomendado”, disse o treinador ao ‘Globoesporte.com’.

A confusão aconteceu na noite do casamento de Edno. Alguns jogadores foram à festa e só souberam ontem do incidente. Jobson ficou no hotel.