quinta-feira, 10 de março de 2016

Mesmo sem comandar time, Marcelo Oliveira deixa o Palmeiras

A. Mattos anuncia saída de M. Oliveira e explica: 'O time não vinha jogando bem'
Mesmo sem comandar o Palmeiras na derrota desta quarta-feira para o Nacional-URU, no Allianz Parque, em virtude de uma suspensão, Marcelo Oliveira perdeu o emprego. Depois do revés por 2 a 1 para os uruguaios, o diretor Alexandre Mattos anunciou a saída do treinador, campeão da Copa do Brasil de 2015. Alberto Valentim assume interinamente o clube de Palestra Itália a partir desta quinta.
"Talvez nos últimos três anos, o mais vitorioso. Não estamos evoluindo, as coisas não estão acontecendo e fica aqui o agradecimento ao Marcelo", declarou Alexandre Mattos, na zona mista do Allianz Parque.
"Fica aqui a responsabilidade da direção, também dos jogadores. Precisamos evoluir a partir de amanhã (quinta) para uma nova etapa. Precisamos nos encontrar. Foi uma conversa tranquila, é o pensamento do Marcelo também. O time não vinha jogando bem desde o ano passado no coletivo. Não podemos viver apenas de boas partidas", acrescentou.
"Repito: nos últimos três anos ele é o mais vitorioso. Mas as coisas não estavam acontecendo. Repito: a responsabilidade é compartilhada do grupo de jogadores e com a direção. No caso do Palmeiras, as coisas não estavam evoluindo", concluiu.
 
622 2795fe4d 84a1 3c97 8de2 2678a656482d
Antero vê Palmeiras em 'situação delicada' e critica excesso de bolas na área
Contratado pelo clube alviverde em junho do ano passado, Marcelo Oliveira encerra a passagem com 53 jogos (contando com o desta quarta) no currículo. Foram 24 vitórias, 11 empates e 18 derrotas no comando da equipe de Palestra Itália, números que tornaram o trabalho do treinador questionável, apesar da taça conquistada no fim de 2015.
Marcelo Oliveira viveu altos e baixos durante os oito meses de Palmeiras. A estreia diante do torcedor na nova arena foi a melhor possível: goleada por 4 a 0 e atuação soberba contra o arquirrival São Paulo.
Entretanto, o início positivo durou pouco. O futebol da equipe, apesar das muitas contratações ocorridas por obra do diretor de futebol Alexandre Mattos, caiu, e o Palmeiras deixou de brigar pelas primeiras colocações na reta final do Campeonato Brasileiro.
A queda no fim da Série A eliminou as chances de o clube alviverde, no mínimo, disputar uma vaga para a Libertadores deste ano. A queda resultou no aumento das críticas para a final da Copa do Brasil, ainda mais depois da primeira partida da decisão, na qual a equipe acabou dominada pelo Santos na Vila Belmiro - o 1 a 0 saiu barato.
No Allianz Parque, contudo, o pressioando treinador dirigiu a equipe para uma das melhores atuações do segundo semestre do ano passado. A vitória por 2 a 1 e a conquista do troféu, ocorrida somente na decisão por pênaltis, deram sobrevida ao comandante, que iniciou 2016 agraciado com mais oito reforços.
Neste ano, porém, a pressão se tornou insustentável. Com a derrota desta quarta-feira para o Nacional-URU, Marcelo somou o quinto tropeço em casa na temporada - quatro deles ocorridos no Allianz Parque.  
Os números ruins diante do torcedor palestrino e o futebol aquém do nível esperado pelo investimento resultaram na decisão drástica de trocar o comando técnico do Palmeiras ainda em março.