quinta-feira, 3 de março de 2016

Crefisa deve propor mudanças em contrato para evitar novos erros do Palmeiras



Uma ação do programa de sócios-torcedores do Palmeiras, Avanti, no uniforme do time na derrota para a Ferroviária por 2 a 1 gerou nova crise no relacionamento com o patrocinador principal, a Crefisa. Para evitar mais problemas, a empresa deve propor ao clube um aditamento de contrato.
Desde janeiro a Crefisa paga mensalmente ao alviverde R$ 6,5 milhões pelo uso exclusivo de todos os espaços no uniforme palmeirense - divididos com a FAM, outra companhia do grupo. Para expor qualquer outra marca, o Palmeiras, por contrato, precisa pedir a autorização do parceiro. Isso não ocorreu e gerou toda confusão.
A diretoria da Crefisa ficou extremamente chateada. Os responsáveis pela parceria souberam da ação do Avanti pela televisão e passaram a trocar mensagens para descobrir o que era aquilo. No dia seguinte, na segunda-feira, os representantes do Marketing dos dois lados se reuniram e selaram a paz. Com a admissão de culpa palmeirense.
No entanto, os executivos optaram por atrasar o pagamento da parcela de R$ 6,5 milhões na última terça-feira, como o ESPN.com.br já havia noticiado. Quase como um recado.
A quitação da dívida acontecerá nos próximos dias ou mesmo nesta quinta-feira, até porque não há qualquer embasamento jurídico para a empresa justificar tal decisão. Não há algo no contrato que faça essa relação entre irregularidades do Palmeiras mais retaliação da Crefisa. Nunca houve qualquer conversa sobre rompimento.
Para evitar que tudo isso aconteça novamente - vale lembrar o imbróglio envolvendo o uniforme retrô com a marca da Parmalat - a Crefisa estuda propor ao Palmeiras um aditamento de contrato com especificações sobre o uso do espaço no uniforme alviverde e a aplicação de multas caso o clube não cumpra. Para ficar claro nas palavras escritas e não apenas ditas.
Pessoas da Crefisa estão assustadas com o amadorismo de alguns dirigentes do futebol. Estão aprendendo a lidar com isso.