quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Para fechar contas de 2015, Fla recorre a empréstimo de R$ 10 milhões

PEDRO HENRIQUE TORRE/ESPN.COM.BR
Gestão do presidente Bandeira de Mello corre para acertar as finanças
Gestão do presidente Bandeira de Mello corre para acertar as finanças
Em busca de ajustar o caixa, o Flamengo solicitará nesta semana autorização do Conselho de Administração do clube para contrair um empréstimo de R$ 10 milhões junto ao BMG. A informação foi dada primeiramente pelo jornal Extra. A medida é necessária para fechar as contas em 2015. Nesta temporada, o clube não conseguiu, por exemplo, arrecadar os R$ 10 milhões previstos com venda de jogador.
A arrecadação com o programa de sócio-torcedor ficou abaixo do esperado. E há resultados esportivos que impactam diretamente nas finanças, como a eliminação precoce nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Vasco. Perda de bilheteria e premiação por avanço na competição.
"O orçamento é uma peça viva. Você tem um montão de faturação acima e outras abaixo. Despesas que gastou menos e a mais. Eu faço revisão, a taxa de juros sobe. Mas tivemos patrocínios que não estava previstos e aconteceram, como o da Jeep. Ano passado o déficit era de 40 milhões. Neste ano a previsão de empréstimo era de R$ 52 milhões, mas vamos a R$ 62 milhões. Tudo vai ser pago, não é nada anormal. Comum em empresas", disse o vice de finanças do clube, Cláudio Pracownik.
Há duas semanas, o clube pegou empréstimo de R$ 3 milhões com o Banco Brasil Plural, do qual o vice de finanças é um dos sócios. A medida na ocasião foi considerada de emergência, uma vez que não haveria tempo hábil para levar a proposta ao Conselho de Administração, obter a aprovação e realizar os trâmites burocráticos sem colocar em risco os salários em dia. Pracownik, no entanto, garante que o pagamento destes R$ 3 milhões, previstos para 30 dias, estão dentro da conta destes novos R$ 10 milhões.
"Você não soma R$ 3 milhões mais R$ 10 milhões. Entendemos que era necessário pedir mais R$ 8 milhões de verba orçamentária, o que corresponde a R$ 10 milhões de caixa. Somamos tudo e vimos que iam faltar 10 milhões para fechar o ano", completou o dirigente.
O clube sofreu com atraso de patrocinadores, como no caso do Viton 44. Os pagamentos, no entanto, estão em processo de quitação. Em relação no patrocínio de R$ 16 milhões Caixa Econômica Federal não há atraso. O clube orçou receber um valor da empresa estatal em 12 vezes, mas a renovação, ocorrida em maio, atrasou por trâmites burocráticos. Por isso, um valor final entrará nos cofres do clube apenas em janeiro, já como parte do orçamento de 2016.