sexta-feira, 3 de julho de 2015

Milão abre a carteira e recupera protagonismo no mercado. Quem está mais forte?

Milan e Internazionale se reapresentaram para a nova temporada nesta sexta-feira com a missão de recuperar o prestígio perdido pelas últimas campanhas ruins. Na temporada em que Milão receberá a final da Champions League, a dupla não está classificada nem para a Liga Europa. E seus dirigentes perceberam que, sem investimentos, dificilmente voltariam às cabeças - o que significa perda de relevância internacional e valor de mercado.
A Juventus contratou jogadores como Dybala, Khedira e Mandzukic, mas há que se descobrir qual será o impacto da saída de símbolos como Pirlo e Tevez para o time de Massimiliano Allegri na luta pelo quinto scudetto competitivo.
Para aproveitar uma eventual queda técnica da Juve, Milan e Inter apostam em dois velhos amigos. Roberto Mancini, em sua segunda passagem como técnico da Inter, agora terá Sinisa Mihajlovic como adversário. O sérvio esteve ao lado de Mancini como jogador e foi seu auxiliar nos nerazzurri, antes de partir em carreira solo. O passado interista não significa rejeição dos lados de Milanello: em seu primeiro treino, os torcedores o aplaudiram.
REPRODUÇÃO/TWITTTER
Miranda com a camisa da Inter
Miranda com a camisa da Inter
Os dois rivais gastaram 58 milhões de euros cada em reforços. A Inter, depois de ver frustrado o sonho de Yaya Touré, apostou em um dos jovens volantes com maior potencial para alcançar o nível do marfinense: Geoffrey Kondogbia, do Monaco. O francês de 22 anos estava praticamente fechado com o Milan, mas acabou acertando com a Inter em uma transferência de 35 milhões.
Mancini ainda terá à disposição uma nova dupla de zagueiros, com Miranda (por 15 milhões) e o colombiano Murillo (8 milhões). Montoya, emprestado pelo Barcelona, é o novo dono da lateral-direita. Na esquerda, é aguardada a confirmação do bósnio Zukanovic, do Chievo, com o qual já existe acordo. Com a defesa arrumada, as próximas prioridades estão no meio-campo e ataque.
O fracasso nas negociações por Imbula, que acabou trocando o Olympique de Marseille pelo Porto, manteve viva a busca por um volante. O nome de Felipe Melo é um dos cogitados, mas não é simples tirar o brasileiro do Galatasaray, onde é ídolo. Mario Suárez, do Atlético de Madrid, é opção.
Para o setor ofensivo, o objetivo é Salah, em rota de colisão com a Fiorentina, que exige a reapresentação do egípcio após a renovação automática do empréstimo com o Chelsea. Outras alternativas são Jovetic, sem espaço no Manchester City, Cuadrado, mal em seus primeiros meses no Chelsea, e Perisic, do Wolfsburg. Com este último Mancini admitiu a existência de uma negociação.
Para bancar as entradas, porém, é necessário viabilizar algumas saídas. Um dos sacrificados pode ser Shaqiri, que chegou em janeiro, começou bem e caiu de produção. A Inter se animou com uma oferta de 17 milhões de euros do Stoke, mas o suíço não viu a ida com bons olhos. De qualquer forma, o clube está pronto para escutar ofertas por alguns de seus jogadores mais valorizados.
No aspecto tático, Mancini deve manter o 4-3-1-2 que terminou a temporada. Formação provável com os já acertados? Handanovic; Montoya, Miranda, Murillo, Zukanovic; Guarín, Medel, Kondogbia; Hernanes; Icardi, Palacio.
DIVULGAÇÃO/MILAN
Luiz Adriano assinou por cinco anos com o Milan
Luiz Adriano assinou por cinco anos com o Milan
O desenho do Milan deve ser o mesmo, com dois novos centroavantes: Carlos Bacca e Luiz Adriano. O colombiano Bacca marcou 49 gols em duas temporadas com o Sevilla, incluindo 14 nas duas campanhas de títulos da Liga Europa. O suficiente para convencer os rossoneri a pagar a multa de 30 milhões de euros para contar com o jogador de 28 anos.
Luiz Adriano tem a mesma idade e vem de uma campanha de destaque na Champions League da última temporada: 9 gols pelo Shakhtar Donetsk, ficando a apenas um dos artilheiros do torneio. Em pouco mais de oito anos na Ucrânia, foram 128 gols marcados. As duas contratações aliviam a frustração de ter perdido Jackson Martínez para o Atlético de Madrid, depois de o Porto dar como certa a ida do jogador para Milão.
No meio-campo, a novidade é Bertolacci, destaque da boa campanha do Genoa na última temporada. Pelo jogador de 24 anos, que tinha vínculo com a Roma, o Milan gastou 20 milhões de euros. A ideia do clube é ter um núcleo forte de jogadores italianos, e Bertolacci é considerado um dos melhores da posição no país. O ítalo-argentino José Mauri, de 19 anos, ganha oportunidade após a dissolução do Parma.
O esforço do clube no mercado deve prosseguir com a busca de mais um nome no meio-campo e outro na zaga. Witsel, do Zenit, e Romagnoli, da Sampdoria, são desejos. O sonho continua sendo, porém, o retorno de Ibrahimovic. O sueco tem mandado sinais confusos a respeito de seu futuro no Paris Saint-Germain. Por ser uma operação complexa de se concretizar, pode ser uma das histórias que ficam para os últimos dias de agosto.
Em seu primeiro dia de trabalho, Mihajlovic deixou claras algumas ideias novas, como usar El Shaarawy como opção no meio-campo e não mais no ataque. Como time-base ideal neste momento, podemos imaginar: Diego López; Abate, Alex (Mexès), Paletta, Antonelli; Montolivo, De Jong, Bertolacci; Bonaventura (Ménez); Bacca, Luiz Adriano.
E você, o que acha? A dupla de Milão voltará a ser protagonista em campo? Quem está melhor?