GETTY
Giampietro Manenti, presidente do Parma, foi preso nesta quarta-feira sob a acusação de lavagem de dinheiro, aprofundando a crise no clube italiano, que, com problemas financeiros, está à beira da falência.
O dirigente foi um dos detidos pela polícia de Roma, que, ao lado do Ministério Público da capital, empreende operação nesta quarta contra crimes financeiros. Manenti é uma das 21 pessoas já presas até aqui.
Os detalhes das acusações que pesam contra Manenti devem ser oferecidos em entrevista coletiva à imprensa ao final do dia. Para o Parma, a prisão acontece um dia antes de reunião que pode decretar a falência do clube.
Alessandro Lucarelli, capitão e líder do elenco do Parma, preferiu não comentar a prisão ao chegar para treinar. "Não tenho nada a dizer, eu quero entender primeiro quais são as razões (da prisão) e se tem a ver com o Parma ou não", disse.
"Eu não iria fazer qualquer declaração, mas todos dias tomamos uma paulada na cara, e digo pela cidade, pelos torcedores, pela equipe... Espero que, mais cedo ou mais tarde, tudo isso acabe, porque não aguentamos mais", seguiu.
Nesta temporada, o Parma já perdeu três pontos no Campeonato Italiano devido à falta de pagamento em dia dos salários dos jogadores. Na última sexta, o ex-presidente Tommaso Ghirardi foi banido por quatro meses pela Liga.
Enquanto o clube caminha para a falência, a liga profissional de futebol italiano (Lega) já se ofereceu para emprestar cinco milhões de euros ao Parma, para que o clube possa completar o restante da temporada.
É incerto, porém, que esse dinheiro será suficiente para salvar o Parma, já que o clube tem dívida avaliada em 100 milhões de euros, sendo € 17 milhões devidos em impostos ao fisco italiano.
Se o Parma não tiver condições de concluir a temporada do Italiano, todos os jogos restantes da equipe serão considerados vitória de 3 a 0 da equipe adversária.