quarta-feira, 18 de março de 2015

Governo quer limitar reeleição na CBF; bancada da bola não gosta

DIVULGAÇÃO/CBF
Sede CBF
CBF é um dos alvos do Governo na reformulação do futebol
Nos últimos ajustes para, enfim, assinar a medida provisória que reformula o futebol, o Governo tenta acabar com a reeleição na CBF. Há consenso que clubes e federações não possam ter mandatos por mais de quatro anos, mas para a entidade máxima do futebol brasileiro, há resistência.


Em reunião com deputados, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, falou apresentou nesta terça-feira as principais ideias do texto que deve chegar a Dilma Rousseff na quinta-feira.
Além de não saber juridicamente se é possível fazer isso, já que a confederação teoricamente não recebe recursos públicos, o Governo esbarra na movimentação contrária a essa iniciativa por parte de alguns deputados da comissão que foi formada para discutir o tema.
"Se o Governo quiser, ele vai fazer isso. Na reunião, apenas dois deputados se colocaram contrários a isso. Eu, particularmente, não tenho nenhuma resistência a isso. Tem uma questão da legalidade disso, que alguns levantam. Vamos ver o que o Governo vai fazer. Eu tenho uma coisa na cabeça: é ver para crer. Você entende o que digo", afirmou Otávio Leite, deputado do PSDB-RJ, que faz parte do grupo de trabalho.
Segundo informações apuradas pela reportagem, Vicente Cândido, vice da Federação Paulista de Futebol, é uma das pessoas que ficaram contra a medida. Ele também é sócio de Marco Polo Del Nero, futuro presidente da CBF, em seu escritório de advocacia.
Nesta quarta-feira, os clubes vão a Brasília para ouvir os detalhes do projeto, em reunião com a Casa Civil. A expectativa é que na quinta, o texto esteja finalizado para ser assinado.