sexta-feira, 27 de março de 2015

De virada, anões de Dunga colocam franceses para dançar can-can; Corinthians, massacre e apagão

Com um bom futebol no segundo tempo, a amarelinha desbotada colocou a França para dançar o can-can no Stade de France. De virada, os anões de Dunga venceram por 3 a 1 e conquistaram a sétima vitória consecutiva.
A fila do gargarejo agora tem Colômbia, Equador, Argentina, Japão, Turquia, Áustria e França. Uma série de respeito, mas infinitamente medíocre se comparada ao vexame contra a Alemanha na ‘Copa das Copas'. Uma bordoada que levou a torcida a nocaute.
O primeiro tempo em Paris mostrou duas seleções mais preocupadas em marcar, com raros momentos de emoção. Os franceses saíram na frente, numa cabeçada de Varane, aos 20. Minutos antes de tomar o gol, Jefferson operou um milagre: Benzema cabeceou na pequena área e o botafoguense salvou.
A equipe brasileira ficou um pouco abalada, mas logo se recompôs e chegou ao empate no final do primeiro tempo. Oscar recebeu de Firmino e, de bico, venceu o goleiro Mandanda.
A amarelinha desbotada voltou melhor na etapa final. Logo aos 10 minutos, Willian rolou para Neymar desferir uma bomba com o pé esquerdo - 43º gol do moleque com a camisa brasileira, igualando-se a Rivellino e Jairizinho.
Os franceses partiram para o tudo ou nada, e Benzema perdeu um gol incrível. Aos 23, após cobrança de escanteio, Luiz Gustavo jogou água no champanhe do inimigo: 3 a 1. Daí em diante, a França esteve bem mais perto de cair de quatro do que diminuir o placar. Domingo, em Londres, os anões de Dunga jogarão contra o Chile.
Pelo Paulistinha, no Itaquerão, minha casa minha vida (27.175 pagantes), o Corinthians viveu dois momentos distintos: gasolina de avião e óleo queimado.
Primeiro, massacrou o Penapolense sem dó nem piedade: 5 a 0, gols de Guerrero (2), Emerson ‘Bitoca', Yago e Petros. Depois, subiu no salto alto, rebolou e tomou três a partir dos 29 minutos do segundo tempo - Crislan (2) e Luiz Gustavo.
Pela primeira vez nesta temporada, o time corintiano assinalou cinco gols e levou três. O atacante Guerrero foi o grande destaque da equipe. Ele acumula 51 gols e está a dois de Dentinho e a quatro de Gil como maior goleador corintiano do século.
Com a vitória, o Corinthians atingiu 32 pontos e lidera com sobras o grupo 2 do Paulistinha, a pré-temporada com ingresso pago, após 12 rodadas.
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Crise são-paulina 1. O glorioso momento vivido pelo soberano São Paulo nas últimas horas, com direito a um baile palmeirense no Allianz Parque e a palavras elogiosas do vice-presidente Ataíde Gil Ferreira (‘tivemos uma atuação terrível, ridícula'), desembocou numa certeza: ‘Muriçoca' Ramalho está no bico do corvo, balança mais que touro mecânico no comando do time. Não tem lesco-lesco ou coelhinho da Páscoa. O futuro do ‘professor' está definido: ou se classifica para o mata-mata da Libertadores ou leva bala e vai para a fila do desemprego.
Sugismundo Freud. Um dia o crédito sempre acaba.
Crise são-paulina 2. Em reunião com o cartola, ‘Muriçoca' entregou o cargo, mas Ataíde convenceu o treinador a ficar. Por dois motivos: o jogo decisivo contra o San Lorenzo, na próxima quarta, e a falta de opções no mercado para substituir ‘Muriçoca'. Dois nomes estão na praça, Abel Braga e Mano Menezes, porém não agradam aos cartolas. O ‘pofexô' Vanderlei Luxemburgo seria o grande objetivo, só que está muito bem no Flamengo. Após o encontro com ‘Muriçoca', Ataíde anunciou uma conversa dura, individual, com cada atleta. Por enquanto, apenas uma medida: Toloi e Michel Bastos, expulsos no Choque-Rei, serão multados em 30% dos vencimentos.
Zé Corneta. É fato: o Palmeiras chegou atrasado; o São Paulo nem apareceu.
Bem, amiguinhos. O primeiro Choquei-Rei no novo estádio palmeirense deixou a plim-plim feliz da vida. O chocolate do Palmeiras no soberano São Paulo rendeu 23 pontos de audiência na grande Pauliceia dominada pela bandidagem. É a melhor marca do Paulistinha até agora. Superou São Paulo x Corinthians, que obteve 22 pontos. Há, porém, uma diferença: o Majestoso foi disputado em um domingo, quando o ibope costuma ser inferior. Na Cidade Maravilhosa das balas voadoras, Flamengo x Bangu cravou 25. Cada ponto representa 67 mil domicílios sintonizados em SP; no RJ, 42 mil.
Caiu na rede. Rogério Ceni anda mais adiantado que horário de verão.
Bem, diabinhos. O empate entre Raposa e Mamoré assumiu a liderança do sensacional ranking dos piores públicos do Mineirão desde a reabertura do estádio, em fevereiro de 2013. A porfia atraiu nada menos que 5.978 testemunhas, superando Cruzeiro x Guarani, pelo Mineirinho do ano passado, que acalentou 6.304 pagantes.
Dona Fifi. Oswaldo de Oliveira anda cada vez mais empolgado com Rafael Marques. Contratado por indicação do ‘professor', o atacante chegou sob a desconfiança de muita gente e hoje é só alegria no Palmeiras. Provou, segundo OO, que se trata de um craque.
Gilete press. Do piloto alemão Nico Rosberg à TV inglesa ‘Sky Sports', sobre a fórmula que usa para evitar o suor dentro do capacete a cada treino ou GP: "Tenho um problema com o meu olho quando suo muito. Então, é para isso que serve a bandana. Na verdade, não é bem uma bandana. É outro truque. Eu coloco um... Como se diz? Aquela coisa que as mulheres põem dentro da calcinha. Eu uso na minha testa para absorver o suor." Eureca!
De chaleira. O zagueiro John Terry, 34 anos, é um exemplo de jogador-cigano: prorrogou o contrato com o Chelsea até junho de 2016, quando completará sua 18ª temporada no clube. Já disputou 661 partidas e levantou 13 canecos.

Tititi d'Aline. O empresário Edson A.do Nascimento saiu em defesa de seu pupilo, Pelé, ao ser indagado se Neymar poderia roubar a coroa de ‘rei do futebol', de melhor jogador de todos os tempos. De pronto, fuzilou: ‘Não'. De quebra, garantiu ao site ‘Goal.com' que Pelé também brilharia como bambambã no ludopédio de hoje. E recorreu a Beethoven: não seria o mesmo gênio agora? Pelé nasceu para jogar futebol.

Você sabia que... a Raposa empatou quatro jogos e ganhou apenas um este ano no Mineirão, com 46,6% de aproveitamento?

Rádio vestiário. O 'professor' Cristóvão Borges entrou na lista de credores do Fluminense: demitido, aguarda um chamado para receber R$ 250 mil.
Bola de ouro. Vanderlei Luxemburgo. O 'pofexô' rubro-negro está certíssimo em peitar os engravatados de colarinho branco da Ferj. Chega de prepotência e autoritarismo.
Bola de latão. Botafogo. Por muito pouco o empate com o Barra Mansa não foi festejado com uma troca de sopapos no vestiário. O vice-presidente Antônio Carlos Mantuano detonou a equipe e os jogadores ficaram uma fera. O cartola foi convidado a se retirar rapidamente do pedaço.
Bola de lixo. São Paulo. O soberano é realmente superior aos coirmãos paulistas, como apregoam o chefão CM Aidar, seus pares e ímpares: levou duas sapatadas do Corinthians e uma do Palmeiras, além de ficar no 'oxo' contra o Peixe. Em 360 minutos, o time não correu nenhuma vez para o abraço. Eu tenho a força!
Bola sete. "Passado é história, já está lá, aconteceu. Mas acho que já demos a volta por cima. A gente não pode baixar a cabeça e ficar pensando no que passou. Fizemos sete jogos, grandes jogos" (do moleque Neymar, acreditando que a amarelinha desbotada superou o histórico vexame do Mundial -um gozador).
Dúvida pertinente. Já não passou da hora de a dupla Fla-Flu mandar a federação carioca catar coquinho em São Januário?