segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Após 6 meses, Brasil quase ignora morte de jornalista estrangeiro durante a Copa 2014

Jorge "Topo" López veio ao Brasil no ano passado para cobrir a Copa do Mundo. Aos 38 anos o jornalista morreu após uma perseguição policial. Seu falecimento completou seis meses na sexta-feira, dia 9 de janeiro. Dois dias depois os jogadores do Barcelona e do Atlético de Madrid ficaram lado a lado antes do jogo vencido pelo time catalão pelo Campeonato Espanhol. Em frente a eles a mensagem "#Justiça para Topo".
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Jogadores do Atlético de Madrid e do Barcelona com o cartaz pedindo justiça para o jornalista
Jogadores de Atlético e Barcelona com o cartaz pedindo justiça para o jornalista
Na cobertura do Mundial ele trabalhava para a rádio "La Red" e o jornal "Olé", da Argentina, além do diário esportivo "Sport", da Catalunha. "Topo" era amigo de Lionel Messi e sua mulher, Verónica Brunatti, mantém amizade com o técnico do Atlético, Diego Simeone. Ela e os dois filhos do repórter viram de perto a vitória do Barça por 3 a 1 no Camp Nou.
Enquanto isso, a campanha #JusticiaParaTopo é quase que ignorada por aqui, embora ele tenha morrido no Brasil. "Topo" López estava num táxi que foi atingido por um veículo roubado ocupado por bandidos em fuga da polícia. A colisão, no cruzamento da Avenida Tiradentes com Rua Barão de Mauá, em Guarulhos, ocorreu por volta de 1h30. O táxi foi parar num poste e o jornalista, que estava no banco traseiro, foi arremessado para fora. "Topo" morreu na hora.
Meio ano após a morte do jornalista, apesar de grande mobilização na Argentina e Espanha, "Topo" Lopez é quase ignorado no Brasil.
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Di María, Maradona, Simeone, Messi e outros nomes de peso do futebol na campanha
Di María, Maradona, Simeone, Messi e outros nomes de peso do futebol na campanha