quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Soberano São Paulo aperta cerco à Raposa; Cristaldo tira Palmeiras do sufoco

A Raposa que trate de abrir os olhos. O soberano São Paulo voltou a jogar um belo futebol, com toques refinados de Kaká, Ganso, Pato e Kardec, e deixou o Botafogo de quatro, no Mané Garrincha (24.857 espectadores).
O Tricolor agora está a quatro pontos do Cruzeiro, que encara o Bahêa nesta quinta. No fim de semana, a cobra vai fumar: os dois melhores do campeonato se encontrarão no Morumbi. O São Paulo completou oito jogos sem levar uma coça (seis vitórias e dois empates).
O primeiro tempo em Brasília foi sensacional, com duas viradas e cinco gols. Alan Kardec colocou o time são-paulino em vantagem no início da partida. Zeballos e André Bahia viraram o placar. Souza, com dois gols, colocou o São Paulo novamente na frente.
No começo do segundo tempo, o Botafogo perdeu ótima chance para empatar. Na sequência, Airton foi expulso (pisou na cabeça de Pato) e a equipe carioca desmoronou. Com um a mais, o Tricolor deitou e rolou em campo. Deu até olé. E, num contra-ataque fulminante, marcou o quarto gol com Pato.
Já o torcedor palmeirense pode respirar um pouco mais aliviado. No chamado jogo dos ‘seis pontos' entre duas equipes desesperadas, os periquitos em revista bicaram o Criciúma, na casa alugada do Pacaembu (18.797 torcedores), e continuam fora da zona do agrião queimado.
O argentino Cristaldo foi o herói da partida. Ele saiu do banco e marcou o único gol, muito contestado pelos catarinenses (alegaram que o gringo empurrou Fábio Ferreira). Cristaldo correu para o primeiro abraço com a camisa do Palmeiras aos 36 minutos do segundo tempo.
Até sair o gol, havia muito equilíbrio em campo, com as equipes marcando forte e criando poucas chances, por absoluta falta de condições técnicas.
Com o resultado, a equipe paulista chegou aos 21 pontos, fora da zona da degola. O Criciúma permaneceu com 18 na bacia das almas.
Outras cacetadas da 20ª rodada do Brasileirão com cara de brasileirinho:
1)Pirata Barcos derruba Furacão, aos 46 do segundo tempo e garante a quarta vitória seguida do Grêmio do ‘sargento' Felipão - aos trancos e barrancos, time gaúcho atinge 34 pontos, supera Corinthians e dorme no G4, enquanto paranaenses completam sexto jogo sem vencer;
2) Fluminense arranca empata contra o Figueira no final (1 a 1, gols de Everaldo e Cícero) e faz a trinca: três partidas sem ganhar - time catarinense agora está invicto há oito partidas e repousa no bloco intermediário da tabela;
3) Coxa começa a estraçalhar Chapecoense com um gol aos 40 segundos (Robinho) e depois encaçapa mais dois (Martinuccio e Joel) - apesar do triunfo, paranaenses seguem no subsolo do campeonato;
4) Peixe sai na frente (Thiago Ribeiro), mas toma virada do Leão pernambucano, com um show do lateral-direito Patric, autor de três gols como autêntico centroavante - santistas sofrem a sexta derrota consecutiva como visitantes, e Enderson Moreira, a primeira no comando do time;
5) Saci colorado apanha mais uma e situação do ‘professor' Abel Braga fica complicada na casamata do time gaúcho - gols de Richarlyson e Marcinho tiram o Vitória da lanterna;
6) Flamengo decepciona e leva bucha do Goiás (gol de Samuel) na Arena Pantanal - Urubu sofre a segunda derrota consecutiva e repousa no 12º lugar, com 25 pontos, cinco à frente da zona do rebaixamento.
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Pica-Pau. E o Pelé, hein? Liberado pelo empresário Edson A.doNascimento para falar sobre racismo, o ex-jogador afirmou que o goleiro santista Aranha se precipitou ao querer brigar com a torcida por ter sido chamado de ‘macaco'. Lembrou que, em seus dias de atleta, ouvia gritos de ‘macaco' e ‘crioulo' em quase todos os jogos, mas nunca se incomodou. Pelé disse ainda que não se deve enfatizar tanto o problema, ‘para não aguçar ainda mais'. Fala, Romário: ‘Calado, Pelé é um poeta'.
Sugismundo Freud. Moço tresloucado, velho sem juízo.
Bem, amiguinhos. Os corintianos têm bons motivos para preparar o grito de gol contra o Galo, no Itaquerão, minha casa minha vida: nenhum coirmão conseguiu furar a defesa do time mineiro nos últimos cinco jogos (450 minutos). Passaram em branco: Saci colorado, Palmeiras (duas vezes), Coxa e Botafogo. O último a fazer a festa foi o Flamengo (2 a 1). Mas, como sempre, há o outro lado da moeda. No ataque do Galo, Jô está infernal: 18 partidas sem correr para o abraço. Ou pouco mais de 27 horas.
Zé Corneta. CM Aidar, amigo de fé e irmão camarada de ‘Juvenal Antena'.
Bem, diabinhos. O exemplar calendário do Circo Brasileiro de Futebol, com tempo suficiente para o pé-de-obra folgar e recuperar as energias, atingiu mais uma meta fantástica: apenas 122 jogadores, por suspensão ou lesão, ficaram fora de combate na 20ª rodada do campeonato. O campeão: Botafogo, com 16 desfalques.
Dona Fifi. Bom sinal aos coirmãos: a Raposa ganhou somente 16 jogos, empatou quatro e perdeu um para o Bahêa no Mineirão.
Gilete press. De Luiz Zini Pires, no ‘Zero Hora': "O Brasil nem parece o Brasil. Lembra a equipe de um futebol mais periférico. Não fosse Neymar, sempre ele, seria um time comum, normal. Ele é o craque solitário. Ao seu lado, desfilam jogadores que, apesar do esforço, nem mereciam a camisa amarela - outros exigem novas oportunidades, como Jefferson, Miranda, Filipe Luís e Phillippe Coutinho (...) Vencer o modesto Equador, com um futebol discreto, mostra as carências do Brasil. Não sei se será possível gerar craques em quatro anos, antes da Copa da Rússia, em 2018. Eu não creio. Falta tempo. Em quatro anos não se faz um jogador." É vero.
Caiu na rede. Neymar perde gol incrível e garante lugar no ataque de riso, ao lado de Pato e Deivid.
Tititi d'Aline. O virtuoso Marco Polo Del Nero prometeu acabar com os supersalários no Circo Brasileiro de Futebol quando sentar no trono. Tem gente que belisca até R$ 150 mil para fazer a xepa. São Tomé quer ver para crer.
Você sabia que... a vitória dos anões de Dunga sobre o Equador rendeu 23 pontos ao ibope global na grande Pauliceia entregue ao bangue-bangue, e 25 na Cidade Maravilhosa das balas uivantes?
Bola de ouro. Joinville. Líder da Série B, com 39 pontos, o time catarinense é o único que está com os salários em dia na segundona do Brasileiro.
Bola de latão. Dunga. O chefe dos anões da amarelinha desbotada é um cara de pau. Depois de execrar publicamente o lateral Maicon, o ‘professor' informou que as portas da equipe não estão fechadas ao jogador.
Bola de lixo. Basquete. Uma despedida melancólica do Mundial da Espanha. Levou tremenda coça da Sérvia (84 a 56) e continuará na fila do gargarejo: não disputa uma semifinal do campeonato desde 1986. Pontuação dos brasileiros foi a menor em 44 anos de Mundial.
Bola sete. "Desculpas ao povo brasileiro. Deu um apagão total e não tivemos cabeça para reverter o resultado. Até o primeiro tempo com a Sérvia fizemos um ótimo Mundial"(de Marquinhos, após a surra no basquete - a tropa de Felipão fez escola).
Dúvida pertinente. Depois do futebol, o basquete: por que o esporte brasileiro não contrata logo o espetacular apagão?