sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Salário de R$ 800 mil, mais aluguel em casebre de R$ 40 mil... E Pato ainda precisa de motivação

Entre as muitas explicações dadas pelo capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni para a entrega da bola a Pato na cobrança do pênalti, uma merece a marca da cal: o atacante estaria precisando de motivação no soberano São Paulo.
De fato, não deve ser nada fácil defender uma equipe sem grandes aspirações, colecionadora de tacinhas inexpressivas, como três Mundiais, três Libertadores e seis Brasileiros.
Acordar todas as manhãs numa choupana alugada por R$ 40 mil (bancada pelo Corinthians), num dos bairros mais mequetrefes da grande Pauliceia refém da violência, também é entediante. Um peso abençoado pelo diabo.
Pior mesmo, entretanto, deve ser aguardar ansiosamente a chegada do dia 5, e pimba na caxirola: ridículos R$ 800 mil no extrato bancário - R$ 400 mil oriundos do Tricolor e R$ 400 mil do Corinthians.
Haja empréstimo para poder pagar todas as contas e conseguir sobreviver com sanduíche de mortadela ao longo de 30 dias.
Não há mesmo motivação que resista a tantos problemas extracampo. Quatro gols em 17 partidas (cada um ao preço de R$ 700 mil) estão de bom tamanho. Felizes mesmo são os jogadores do Botafogo, com três meses de salários atrasados, além de cinco sem direitos de imagem. 
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Sugismundo Freud. Em terra de bêbado, álcool em gel é patê!
Roda da fortuna. Com um crescimento de 10%, o Corinthians segue como a marca mais valiosa da pátria de chuteiras: R$ 1,2 bilhão, R$ 200 mil a mais que o Flamengo. Apenas os dois clubes superam a marca de R$ 1 bilhão na lista elaborada pela empresa de auditoria e consultoria BDO. O Corinthians assumiu a liderança do ranking em 2009. O balanço financeiro das associações, o poder aquisitivo da torcida, cota de TV, marketing e programa sócio-torcedor nortearam a composição da tabela:
1) Corinthians - R$ 1,236 bilhão
2) Flamengo - R$ 1,006 bilhão
3) São Paulo - R$ 879 milhões
4) Palmeiras - R$ 576 milhões
5) Grêmio - R$ 478 milhões
6) Internacional - R$ 453 milhões
7) Santos - R$ 416 milhões
8) Cruzeiro - R$ 407 milhões
9) Atlético/MG - R$ 357 milhões
10) Vasco - R$ 339,6 milhões
11) Fluminense - R$ 218,5 milhões
12) Botafogo - R$ 172,2 milhões
Bem, amiguinhos. Apenas dois jogadores balançaram a rede nas 12 edições do Brasileiro por pontos corridos: o atacante Dagoberto, da Raposa, e o goleiro Rogério Ceni, do soberano São Paulo. Dagoberto correu 68 vezes para o abraço, de acordo com levantamento do ‘Estado de Minas'. Os gols: 22 no Furacão, 35 no Tricolor, seis no Saci colorado e cinco no Cruzeiro. Já o são-paulino encaçapou 50 gols.
Zé Corneta. E o Fluminense, hein? Depois dos ratos da época de ‘Muriçoca' Ramalho, o clube recebeu a visita de um gambá nas Laranjeiras.
Bem, diabinhos. Arrepios na plim-plim: Bragantino x São Paulo rendeu apenas 15 pontos de audiência na grande Pauliceia entregue à bandidagem. O jogo igualou o índice mais baixo da Copa do Brasil, que pertencia a Mixto x Santos. Até o embate com a equipe de Bragança, a média do soberano Tricolor no torneio girava em torno de 18,5 pontos. Na Cidade Maravilhosa das balas uivantes, outra decepção: Vasco x Ponte também amealhou 15 pontos. Já a Band obteve cinco com o amistoso Palmeiras x Fiorentina. Cada ponto em SP significa 65 mil domicílios sintonizados; no RJ, 38 mil.
Dona Fifi. San Lorenzo e Nacional, do Paraguai, decidirão a Libertadores. Ou seja: que papelão fez a pátria de chuteiras com Botafogo, Furacão, Galo, Raposa, Grêmio e Flamengo.
Gilete press. De Luiz Zini Pires, no ‘Zero Hora': "Os 110 licenciados que têm os direitos de usar a marca Grêmio estão assustados. Lupicínio Rodrigues Filho, o Lupinho, filho de Lupicínio Rodrigues (1914/1974), autor do hino do clube, contratou um escritório de advocacia para processar as empresas que utilizam frases como ‘até a pé nos iremos' ou ‘imortal tricolor' na promoção dos seus produtos. Lupi compôs o hino em 1953 e entregou ao clube, como doação. Em uma ação isolada, Lupinho ganhou mais de R$ 60 mil de uma empresa." Esquindolelê.
Saque. O vôlei do Maranhão perdeu toda a graça: a estonteante Mari Paraíba defenderá outra equipe na Superliga.
Tititi d'Aline. O ataque dos clubes ingleses aos times brasileiros nesta janela de transferências deve se concentrar em cinco alvos: os cruzeirenses Everton Ribeiro e Lucas Silva; o são-paulino Rodrigo Caio; o atleticano Marcelo; e o colorado Aránguiz. O jornal ‘Mirror' já fez até uma pesquisa para saber a preferência dos torcedores. O chileno Aránguiz obteve a maior votação (32%), seguido por Everton Ribeiro (27%).
Você sabia que... 52 gringos pululam pelos 20 clubes do Brasileirão, mais o Vasco?
Bola de ouro. Papa Francisco. Operou um ‘milagre' no mundo das chuteiras. Com sua bênção, tirou o San Lorenzo do buraco. Time voltou a ganhar um título argentino após longo jejum e pode conquistar pela primeira vez a Libertadores. Em sua caminhada, os hermanos deixaram para trás Botafogo, Grêmio e Cruzeiro.
Bola de latão. Felipe. Primeira vítima do ‘pofexô' Vanderlei Luxemburgo: de titular a terceiro goleiro. E pode até limpar o armário no ninho do Urubu.
Bola de lixo. Corinthians. Depois de quase um ano, descobriu que o zagueiro Wanderson não tinha condições sequer para esquentar o bumbum no banco de reservas e dispensou o atleta. Qualquer semelhança com Ibson, Maldonado, Diego Macedo, Rodriguinho e Jocinei não é mera coincidência. É... deixa pra lá.
Bola sete. "O protesto do time do Botafogo é mais que legítimo. A relação capital x trabalho no futebol é degradante. Os cartolas, quase todos, são os novos senhores de engenhos. Eu apoio a luta" (de Ancelmo Gois, no ‘Globo' - no alvo).
Dúvida pertinente. A dupla Felipão/Parreira vai continuar cobrando R$ 50 mil por palestra motivacional?