sexta-feira, 29 de agosto de 2014

De volta ao sofá vai fazer falta agente

Caro fã de esportes,
Foram quase quatro anos de muita informação e boas risadas. Praticamente um ciclo de Copa do Mundo. Apresentei centenas de edições do querido Bate-Bola entre janeiro de 2011 e agosto de 2014. Mas, por conta dos compromissos fora da TV (banda, livros, eventos e agora restaurante), anda muito difícil pilotar um programa ao vivo e diário como o BB, que cada vez ganha mais espaço e importância na grade do canal.
Saio de cena com aquela sensação gostosa de missão cumprida: vi de camarote Ronaldinho chegar ao Flamengo e Ronaldo encerrar a carreira no Corinthians depois do efeito Tolima. E mesmo assim, talvez até por causa disso, testemunhei o inédito título que o timão perseguia há tempos: a tal Libertadores. Isso sem falar na vitória em cima do Chelsea no Japão, com direito à invasão. Passei por uma Olimpíada e acompanhei, mais uma vez, o meu Flamengo (ops, Udinese ou Kashima) levantar um caneco comandado por um técnico prata da casa. Perdi a conta das partidas memoráveis do Barcelona e dos gols do Messi que ajudei a levar até você. Conheci o Gullit, botei o Zico pra cantar e joguei tênis com o Meligeni. Cobri os centenários de Santos e Palmeiras. Quando Neymar colocou os pés na calçada da fama, ao vivo na Vila, fui testemunha ocular. Participei da histórica cobertura da "Copa da zoeira" e vi o Brasil tomar de sete. Derrubei mesa, confundi bundas e fui parar no Top Five. Ou seja, história é o que não falta.
Trabalhei ao lado de mitos do jornalismo esportivo do naipe de José Trajano e Juca Kfouri. Calçade virou calça, Sorín virou soro e Alê virou... Bom, você sabe. Fala sério. Fiz um som com o Canalha, dei muita risada com o Maurão - sim, o Mauro é divertidíssimo - e aprendi com o PVC a escalação do São Cristóvão de 1926. Virei noite e mais noites com o Amigão dando risada das histórias com o Antero. Adorei dividir o palco com Gian, Bertozzi, Hofman, Tironi, Rafa e tantos outros colegas queridos que não cabem num post curto. O time da ESPN, como diria Arnaldo, é favoritaço. Todos generosos e educados: esbanjam classe, ética e competência. Foi um privilégio pular do sofá pro estúdio, mesmo.
Justamente por isso tudo, nem vou dar "tchau, tchau" no melhor estilo Wenzel. Prefiro aquele clima de "até logo" que a gente vê nas coletivas, quando um jogador anuncia que vai deixar o time do coração pra se aventurar por esse mundão, já sinalizando que um dia pode voltar. Mas não sem antes agradecer à compreensão do Palomino, que entendeu a necessidade da "chinelada" e fez questão de deixar as portas abertas. Um muito obrigado também ao time que me recebeu e ajudou a tirar o pó da chuteira: Gui, Baru e Regi. Aquele abraço de boa sorte à rapaziada querida do BB atual: Wagninho, Ivanov e Chico. Sem falar na turma da graxa: Paulinho, Piriquito, Cadilac, Marcinho, Emerson & cia ilimitada. Clap, clap! Apagou a luz? Vai começar o futebol, pois é.
É, foi um prazer quase que sexual estar aqui com vocês...
Prometendo voltar no próximo disco,
No próximo show...
Ou em qualquer momento,
Em edição extraordinária!


RR
Mais um pra minha tele-cortiça
Mais um pra minha tele-cor