sábado, 26 de julho de 2014

Presidente do Botafogo responde Bebeto de Freitas e relembra: 'Quase foi preso acusado de fraude'

BOTAFOGO
Maurício Assumpção, presidente do Botafogo desde janeiro de 2009
Maurício Assumpção, presidente do Botafogo desde janeiro de 2009
Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, neste sábado, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, respondeu às acusações feitas pelo ex-mandatário do clube, Bebeto de Freitas, na última sexta-feira, também à reportagem.
Ocupante do cargo entre 2003 e 2008, o medalhista olímpico como técnico da seleção masculina de vôlei afirmou que Maurício "não é homem" de tirar o Botafogo do Campeonato Brasileiro, conforme ele comentou com a presidenta da República, Dilma Rousseff, em reunião com representantes dos clubes, em Brasília.
"Esse senhor faz esses comentários sem saber do teor da reunião. É a mesma pessoa que quando foi presidente do Botafogo ameaçou se jogar da Ponte Rio-Niterói. Parece que o Botafogo estava sendo prejudicado pela arbitragem. Parece que ele não se jogou, porque continua falando esses impropérios", afirmou Maurício, sucessor de Bebeto de Freitas no comando do clube glorioso.
Além disso, Bebeto acusou o atual presidente de ter sonegado o pagamento de R$ 95 milhões à Justiça do Trabalho. "Me parece que esse senhor sofre, além do fato da deselegância, de amnesia, e ele não fala para ninguém que em 2006 ele mesmo foi acusado de fraude pelo tribunal, sendo intimidado a pagar atrasados sob pena de prisão. O então jurídico do Botafogo fez um habeas corpus preventivo para que ele não fosse preso. Ele deve ter amnesia, porque não fala isso para ninguém", acusou Assumpção.
"Não é a primeira vez que esse senhor fala impropérios a meu respeito. Das outras vezes, tive muito cuidado em responder, primeiro por respeitar a figura dele como ex-técnico da seleção de vôlei, medalhista olímpico e também como ex-presidente do clube, mas chega uma hora que as coisas extrapolam. E a leviandade que ele tem é tão grande, e os absurdos que ele fala são tão grandes, que tem um momento que não dá para ser cortês e delicado", disparou o presidente do Botafogo.
Leia abaixo o direito de resposta de Maurício Assumpção:
"Sobre a questão do processo no ato trabalhista, que ele diz que eu sou fraudador: nós tínhamos o ato do ano passado, e o tribunal entende que a companhia Botafogo tem participação nessa situação, e o Botafogo e seus advogados veem como participação diferenciada. É uma questão discutida juridicamente.
O Botafogo propõe um novo ato trabalhista dentre as seis opções que o próprio tribunal deu pra escolher. Ou seja, não existe mais percentual de participação: agora, o próprio tribunal deu seis opções de pagamento com valores fixos saídos diretamente do contrato da transmissão de televisão. É isso que pleiteamos voltar. Se possível, conseguir voltar ao órgão especial do tribunal; no dia 7 será votado se o Botafogo tem um novo ato trabalhista".
"Em que contexto falei aquela frase? A presidenta se mostrou sempre por dentro de tudo o que estava acontecendo e estava querendo informações sobre as penhoras dos clubes. Eu disse que a parte do Botafogo 100%, e ela "Essa é uma situação muito grave". Eu falei: 'Tão grave é, só para a senhora ter uma ideia, que se a gente não estivesse aqui nessa reunião eu poderia pedir ir à CBF e pedir para sair do Brasileiro, pois não teria condições de manter o time, de jogar'. Foi dentro desse contexto, esse era o motivo da reunião. A decisão dela foi convocar uma comissão com representantes do Ministério do Esporte, Controladoria Geral da União e do Ministério da Fazenda com clubes na próxima semana. Ela tenta aprovar essa questão até setembro.
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Candidato a cargo público
"Verdade, me filiei a um partido, assim como o presidente do Vasco é e tem cargo publico, assim como aconteceu com a Patricia Amorim quando assumiu o Flamengo. Falaram primeiro que eu ia me candidatar a vereador e não fui; depois a deputado estadual ou federal, e não me candidatei. Ficam me acusando de querer usar Botafogo para a parte política, mas isso não aconteceu".
Timemania
"O bloqueio das penhoras fiscais está acontecendo independente da saída por um tempo apenas da Timemania. Eu sempre evitei falar um pouco dessas questões para preservar o clube. Mas chega uma hora que extrapola qualquer tipo de situação e não tem como não dar uma resposta. Um sujeito desequilibrado que um dia disse que se jogaria da Ponte Rio-Niterói".
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